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Votação tricolor

Disputa pelo Conselho do Grêmio inicia arrancada para sucessão presidencial

Eleição que renovará 50% dos membros será realizada no dia 28 de setembro

24/08/2013 - 15h07min

Atualizada em: 24/08/2013 - 15h07min


Luís Henrique Benfica
Luís Henrique Benfica
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Conselho Deliberativo será transferido de sua antiga sala no Olímpico para a Arena

Mesmo que nenhum grupo assuma publicamente, a eleição que renovará 50% do Conselho Deliberativo do Grêmio, marcada para 28 de setembro, é a arrancada para a sucessão presidencial de 2014. Eleito em 2010 com o voto dos associados, Fábio Koff tenta formar agora uma base política sólida, sustentado por duas chapas, Faixa no Peito e Juntos pelo Sócio, embora esta última faça críticas pontuais à atual administração.

A oposição, enquanto isso, prevê a retomada do poder e se articula com Grêmio Maior. Oposicionista por natureza, o Grêmio do Prata se define como uma alternativa.
A polarização entre koffistas e odonistas é o que incomoda as chapas Vem pro Grêmio, Grêmio Democrático e Nação Tricolor. 

Confira o pensamento de cada chapa:


CHAPA 1 - Grêmio do Prata
Oposição permanente

Nascido em 2008, o Grêmio do Prata não faz oposição apenas a Fábio Koff. Até o ano passado, o grupo também contestava a gestão de Paulo Odone.

- Somos oposição a tudo o que aconteceu no clube nos últimos anos. A torcida está ansiosa por mudanças. O Grêmio precisa de oxigenação - diz Cláudio Medeiros, presidente do movimento.

Mesmo sem alianças, a expectativa é de fazer pelo menos 50 conselheiros na eleição de setembro.


CHAPA 2 - Faixa no Peito, Grêmio Unido e Vencedor (Grêmio Vencedor, Grêmio Unido e Grêmio Acima de Tudo)
Por uma base política

Ampliar a base política da atual direção é a luta da chapa 2, Faixa no Peito, de situação. Respaldada por Fábio Koff e pelos ex-presidentes Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, e Hélio Dourado, além do ex-goleiro Danrlei, ela tentará diminuir a influência política que o grupo de Paulo Odone passou a desfrutar na renovação de 2010.

Primeiro nome na chapa, o vice-presidente Renato Moreira prega mandato presidencial de três anos e unificação de todos os processos eleitorais do clube, sempre no final da temporada.


CHAPA 3 - Nação Tricolor
Contra a fogueira das vaidades

Da falta de entendimento com lideranças do Grêmio Sem Fronteiras e Grêmio Independente, nasceu a chapa Nação Tricolor, que ganhou o número 3 no sorteio. Antonio Frizzo, um de seus principais articuladores, aposta em uma base política formada entre os consulados de dentro e de fora do Estado para levar adiante uma proposta de pacificação para o clube.

- O Grêmio está muito fatiado, dividido, atrapalhado pela fogueira das vaidades - critica Frizzo, para quem a Nação Tricolor não se enquadra como situação, nem como oposição. 

CHAPA 4 - Juntos pelo Sócio (Sócios Livres, Grêmio Sempre, Grêmio Multicampeão)
Pelo fim das imoralidades

Coordenador da chapa 4, Juntos pelo Sócio, Carlos Lenuzza diz que o futebol "não suporta mais imoralidades". Sua crítica é aos altos salários pagos a treinadores e jogadores, que variam de R$ 500 mil e R$ 700 mil. Ele teme que tal política financeira decrete a falência dos clubes.

Também apoiada pelo presidente Fábio Koff, a Juntos pelo Sócio prega, como diz seu nome, a maior representatividade do associado dentro do Conselho.

CHAPA 5 - Grêmio Maior (Grêmio Sem Fronteiras, Grêmio Novo, Grêmio Menino Deus)
Por uma visão empresarial

Uma visão empresarial para o clube é a proposta do Grêmio Maior, a chapa 5, de oposição. A crítica mais forte feita à atual gestão está ligada a falta de um projeto para a Arena. O que impera, dizem os integrantes da chapa, é o antimarketing, que resulta em prejuízo financeiro para o clube.

Com a elevação do número de chapas para sete, os coordenadores de campanha não acreditam em votação tão expressiva quanto a de 2010, quando foi formada a atual base política.

CHAPA 6 - Somos Grêmio (Grêmio Democrático)
Contra o "caciquismo" político

Chapa 6, o Grêmio Democrático mantém sua postura de independência e de crítica ao que suas lideranças chamam de "caciquismo". Na última eleição para presidente, o grupo não apoiou nenhum dos três candidatos.

- Há 12 anos, o clube está dividido entre defensores de Koff e defensores de Odone e só tem perdido - critica Nilton Cabistani, um dos sete conselheiros do grupo.
Forte no interior, o Grêmio Democrático aposta que 70% de seus eleitores irão votar por correspondência.


CHAPA 7 - Vem pro Grêmio (Grêmio Independente, Grêmio Imortal, Grêmio da Torcida)Proposta de profissionalização

A dicotomia entre Fábio Koff e Paulo Odone é nociva para o Grêmio, entendem as lideranças da Chapa 7, Vem pro Grêmio. O grupo diz não fazer oposição sistemática e por isso evita críticas tanto ao atual presidente quanto ao ex. Mas, por entender que a mudança completa de ideias a cada troca de gestão atrasa a vida do clube, prega a profissionalização em todos os setores. Um ponto de preocupação é com o que chamam de descontrole financeiro, responsável por um déficit acumulado de R$ 47 milhões no primeiro semestre.


Serviço
O que:
Eleição do Conselho Deliberativo do Grêmio
Quando: 28 de setembro, das 10h às 17h
Local: Arena do Grêmio, Portão A (lado oeste e acesso pelas rampas oeste/norte);
Aptos a votar: associados maiores de 16 anos, pertencentes ao Quadro Social há mais de dois anos, ininterruptamente, e em situação regular com o Grêmio nos 12 meses anteriores à eleição e com mensalidades pagas até 7/8/2013.
Eleitores: ao todo, são 37.680 sócios aptos a votar.
Forma de votação: na Arena ou por correspondência, até o dia 16 de setembro.
Quem se elege: os representantes das chapas que alcançarem o mínimo de 20% dos votos válidos.
Duração do mandato: seis anos


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