Grêmio



Esperança

Exemplo de superação para o Grêmio, Piratinha aposta em classificação: "Será 3 a 0, com dois do Barcos"

Em fase de manutenção do tratamento contra leucemia, Gabrieli terá mais uma sessão de quimioterapia nesta quarta-feira, mesmo dia da partida contra o San Lorenzo

30/04/2014 - 10h03min

Atualizada em: 30/04/2014 - 10h03min


O Grêmio precisa de entrega, coragem e valentia para buscar a classificação contra o San Lorenzo, a partir das 22h desta quarta-feira. A inspiração para tudo isso está bem perto daqui. É bom os jogadores se espelharem no exemplo da pequena Gabrieli Van Oudheusden, 4 anos, a Piratinha.

Gabrieli ganhou o apelido depois que suas fotos invadiram as redes sociais. Nelas, repetia o gesto de Barcos na comemoração dos gols. Virou a Piratinha e ganhou o coração não só do Pirata, mas de todos os que passaram a torcer por ela.

A pequena mantém a dura rotina do tratamento para vencer a leucemia linfoide aguda há quase dois anos. O que não lhe tira o lindo sorriso do rosto. Hoje à tarde, enquanto o Barcos e companhia estiverem na concentração, a Piratinha estará em Santa Maria, para mais uma sessão de quimioterapia. A doença já foi vencida, mas essa é última e obrigatória etapa do tratamento. A programação para o final do dia está traçada: direto do hospital para casa, em São Sepé, a 60Km dali. Sem perder tempo. A noite está reservada para torcer pelo Grêmio na Libertadores.

Gabrieli teve diagnosticada a leucemia em abril de 2012. Tinha apenas dois anos. Foi internada imediatamente e deu inicio à sua batalha. Passou quase um ano inteiro no hospital. Em 2 de maio de 2013, exames mostraram que a Piratinha tinha derrotado a leucemia. As sessões de quimioterapia, porém, devem seguir até agosto de 2015 para garantir a recuperação.

Gabrieli completou quatro anos em janeiro. A festa teve como tema a personagem Minnie. Poderia ser do Grêmio. O pai, Norival Medeiros, 26 anos, e a mãe, Cristiéli Rangel, 22 anos, fazem com que a filha tenha vida normal de uma menina da idade dela. A rotina inclui bonecas, filmes no DVD, algum tempo no computador e muita folia com as visitas. Mas tudo para quando o Grêmio entra em campo. Não perdeu nem um jogo sequer. 

- Ela assiste sempre. Às vezes, reclama que não sai gol. Quando o Grêmio marca, não posso gritar. Permite apenas assovio, para que possa acompanhar junto - conta o pai.

Além der ver o Grêmio, a Piratinha também gosta de jogar bola. Na peladas com o pai no quintal de casa, diz ser a "Barcas". O pai vira Kleber Gladiador, e eles formam o ataque que já foi dos sonhos tricolores. Basta sair gol para que a mãozinha esquerda tape o olho e o braço direito seja erguido. Em seguida, o rosto se ilumina com um sorrisão.

Gremista de quatro costados, a Piratinha não faz o perfil secadora. Na casa dos Medeiros, jogo do Inter nem por engano. Se cair por acidente no canal dos colorados, a pequena reprime o pai:

- O jogo não é do nosso time!

Para hoje à noite, a Piratinha aposta em vitória. Com gol do ídolo:

- Será 3 a 0, com dois gols do Barcos e outro do Zé Roberto.

O novo projeto da Piratinha é voltar à Arena para ver o time em ação ao vivo. Os médicos ainda restringiram Com a força de vontade dela, alguém duvida? Se o Grêmio mostrar a coragem dela, é bem possível que se encontrem ali na frente na Libertadores.

Luis Garcia / Especial
Gabrieli Van Oudheusden, a Piratinha, posa orgulhosa com a camisa autografada por Barcos

MAIS SOBRE

Últimas Notícias