Um ponto
Com um a menos, Grêmio fica no empate em 0 a 0 com o América-MG
Edílson foi expulso no segundo tempo do jogo em Belo Horizonte
A Síndrome de Robin Hood parece mesmo perseguir o Grêmio no Brasileirão. A mesma equipe que derrota os fortes desperdiça pontos frente aos pequenos. Como no empate sem gols contra o lanterna América-MG, neste domingo, no Independência. O time não só perdeu a chance de ultrapassar o Palmeiras, derrotado pelo Botafogo, como caiu para o quarto lugar com a vitória do Santos contra o Cruzeiro. E ainda se vê ameaçada pelo crescimento do Flamengo.
No primeiro tempo, ruiu o discurso da semana, pontuado por promessas de mobilização mesmo conta um time fraco. Como se não tivesse maior compromisso na partida e ambição no campeonato, o Grêmio foi amorfo, capaz de provocar sono.
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Depois de chute de Pedro Rocha, para fora, a seis minutos, a equipe submeteu-se à movimentação de um adversário desesperado para escapar do rebaixamento. Os avanços eram lentos, com recuos a cada bloqueio feito na intermediária pelo América-MG. Muitas vezes, a tentativa de atacar era feita em passes longos, o oposto do que é pregado por Roger Machado. Quando atacado, o Grêmio se desestabilizava, sobretudo nos avanços de Osman, pela esquerda, e Matheusinho, pela direita.
A 22 minutos, um sintoma de que algo poderia melhorar. Bolaños aplicou "janela" em Sueliton, dentro da área, mas não conseguiu chutar. Um minuto depois, Douglas, lançado pela esquerda, errou ao chutar em vez de buscar Bolaños na área.
Só que o risco de sofrer gol era maior. Como aos 27 minutos, quando, aproveitando a defesa fora do lugar, Osman invadiu a área e bateu por cima. Aos 36 minutos, o gol quase saiu no já tradicional vacilo na bola alta.Grohe precisou salvar em cabeceio de Michael, entre Maicon e Marcelo Oliveira. Havia impedimento, mas não assinalado pela arbitragem.
O Grêmio, então, pareceu despertar por instantes. Concentrou-se um pouco mais na marcação e agilizou a troca de passes em busca de penetração. Aos 42 minutos, criou a jogada que poderia colocá-lo em vantagem. O passe de Douglas encontrou Bolaños dentro da área. A conclusão, de pé direito, passou ao lado da trave. Mas o time passou por novo susto logo depois, em chute de Pablo que Marcelo Grohe precisou espalmar a escanteio.
Como a apatia se manteve no segundo tempo, muito cedo Roger Machado trocou Pedro Rocha por Guilherme. Pouco depois, surgiu de novo a jogada que poderia definir a vitória. Bolaños bateu Sueliton na velocidade e acertou a trave direita em chute de pé esquerdo. Parecia um sintoma de reação, embora sempre houvesse risco nos contra-ataques com Matheusinho. Aos 26, ele esteve perto de marcar, depois de cruzamento de Gilson. Na sequência, Michael, em nova jogada aérea, quase marcou. Para complicar, Edílson foi expulso por falta muito dura em Osman. Para recompor a defesa, Roger sacrificou Douglas e improvisou Ramiro na lateral.
Se o empate era considerado inaceitável antes da partida, pode, de algum modo, ser comemorado pelo que se viu nos minutos finais. Com um jogador a menos, precisou correr atrás do Améica-MG para não sofrer gols.
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