O nome do jogo
Forlán agradece incentivo de Paixão e se diz confiante para arriscar mais de fora da área
Uruguaio admitiu que sentia saudades de marcar gols de longa distância

Não apenas a passagem do Inter para a final da Taça Piratini. Não apenas os dois gols de Diego Forlán contra o Esportivo, neste domingo, no Estádio Centenário. Não apenas a artilharia do uruguaio no primeiro turno do Gauchão, com seis gols. O resultado obtido pelo Inter contra o Esportivo, aliado à boa apresentação em Caxias, consolida Diego Forlán como uma das referências técnicas do time de Dunga no início da temporada.
Diego Forlán é um jogador tranquilo, um atleta que recusa o posto de estrela do grupo. Afirma que os dois golaços feitos no Centenário são fruto de treinamento. Nega o rótulo de melhor jogador do Inter, mesmo que, ao final da partida, quase uma dezena de microfones tapem seu rosto durante a saída de campo para o vestiário - e as conquistas pessoais e a carreira exitosa no Manchester United, da Inglaterra, Atlético de Madrid, da Espanha, e Inter de Milão, na Itália, não são esquecidas em meio às respostas aos repórteres. Mas, após o gol que deixou o Inter com a vaga encaminhada à final da Taça Piratini, Forlán correu para abraçar um membro da comissão técnica em especial: Paulo Paixão.
- Ele sempre me diz nos treinos que uma hora a bola vai entrar - apontou o atacante - O ano passado arriscava, mas muitas vezes a bola ia embora. Tem de tentar. Muitas entraram, mas muitas vão embora. Futebol é assim - completou.
Em uma das vezes em que arriscou, Forlán encontrou o ângulo direito de Fabiano. O chute de fora da área, seco, sem chance para o goleiro, lembrou o gol marcado contra Gana, pelo Uruguai, em meio à Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Quando perguntado sobre a comparação entre os gols, o uruguaio sorriu e fez uma confissão:
- Eu tinha saudade de fazer um gol assim - confessou o camisa 7.
Forlán acredita que o Inter pode crescer mais na temporada. Principalmente a velocidade e a imposição física com que a equipe treinada por Dunga tem se apresentado. Segundo o uruguaio, a semana de treinamentos até o domingo, com folga nesta segunda e reapresentação apenas terça pela manhã são fundamentais para que, na final contra o São Luiz, em Ijuí, a equipe esteja mais solta. Como preferiu frisar, leve:
- Não sou o único jogador que depois de anos na Europa não foi bem. Chegar aqui, ser tudo novo. Fisicamente não estava em minhas condições. Isso muda muito - afirmou.