Enrolado
Por burocracia, Giba do Trem passa mais um dia sem punição
Torcedor do Inter deveria ter se apresentado até as 18h da terça-feira na Susepe para a colocação da tornozeleira eletrônica de monitoramento
Até o final da tarde desta quarta, a burocracia deixava como indefinida a situação judicial de Gilberto Bitencourt Viegas, o Giba, torcedor do Inter condenado ao uso de tornozeleira eletrônica de monitoramento. Ele deveria ter se apresentado até as 18h de terça-feira no Instituto Penal Pio Buck para a colocação do aparelho, mas não compareceu.
- Esperamos até as 19h, mas nem ele nem o advogado compareceram. Noticiamos a 2ª Vara de Execuções Criminais e estamos aguardando a decisão do juiz - informou o chefe da Divisão de Monitoramento Eletrônico da Susepe, César Eduardo Cordeiro Moreira.
Interino no caso, o juiz Carlos Francisco Gross encaminhou o processo para o Ministério Público. Este, por sua vez, repassou a situação para Promotoria de Justiça Criminal de Novo Hamburgo, onde foi expedido o mandado que o impedia de circular nas imediações do Beira-Rio em dias de jogo.
- Tivemos notícia de que ele não apareceu. Agora, o MP tem de dar ciência no que está acontecendo - explica Carlos.
O juiz confirmou que a burocracia entre o Juizado do Torcedor e o MP pode deixar Giba solto por mais dias e sem a tornozeleira eletrônica.
- É uma garantia dele (do torcedor) que o agente ministerial tenha vista desse processo. Se o juiz pudesse tomar decisões sem qualquer requerimento, seria um perigo para o próprio Estado - finalizou.
Juridicamente, a situação de Giba é um caso raro. Normalmente, as tornozeleiras são utilizadas por condenados do regime semiaberto, mas no caso dele, trata-se de uma medida cautelar - uma conversão de pena, pois ele havia sido condenado à prisão preventiva.
O advogado do torcedor não foi encontrado para falar sobre o caso.