Coluna do Pedro
Pedro Ernesto: "mocinhos e bandidos "

Aprendi em mais de 40 anos que no futebol não tem mocinho. Só entram bandidos. Claro que isso é uma figura de linguagem que uso para tentar resumir os embates que se perpetuam ao longo dos anos. O Gre-Nal não foi diferente. Começou com a ladainha de árbitro gaúcho ou de fora. Foi gaúcho. O Grêmio não gostou, e o Inter foi só elogios.
Aconteceu o lance de Bolaños. Uma lástima para ele e para o Grêmio, que o perde para a primeira fase da Libertadores. A cotovelada de Wiliam foi desnecessária e forte. Luan fez o mesmo no meio da semana, contra a LDU. Felizmente sem consequências. Esse é, infelizmente, um artifício muito usado pelos jogadores. Chamo de agressão injustificada. Um no hospital e outro no tribunal, podendo pegar até 24 jogos de gancho. Perderam todos.
É preciso melhorar
O Grêmio tem razão na sua indignação pela lesão em Bolaños. Mas os problemas não podem terminar aí. Os dirigentes precisam saber que o time tem de melhorar se quiser ser campeão da América. Encontra dificuldades para fazer gols e, amanhã, pega o San Lorenzo, um adversário perigoso. Time argentino precisando ganhar sempre merece o máximo de atenção.
O executivo
O executivo Rui Costa foi quem mais se indignou no Gre-Nal. Esbravejou com razão. Seria bom que não arrumasse culpados fora do clube. Faz quase três anos e meio que dirige o futebol do Grêmio e nada ganhou. Neste ano, manteve o técnico e o grupo. Pode ganhar, desde que não procure culpados.
*Diário Gaúcho