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Onde tudo começou

Remanescente do início da Stock Car, Meinha fala sobre mudanças da categoria ao longo do tempo

Chefe de equipe da Eurofarma esteve presente na primeira corrida da história da modalidade, no circuito de Tarumã

26/04/2013 - 22h14min

Atualizada em: 26/04/2013 - 22h14min


André Baibich
André Baibich
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No dia 22 de abril de 1979, Rosinei Campos, o Meinha, estava nos boxes de Tarumã torcendo para que o Opala de Raul Boesel, que ele preparou para a corrida, vencesse a primeira prova da história da Stock Car no Brasil.

Neste domingo, pouco mais de 34 anos depois, ele estará no mesmo local, em Viamão, agora na condição de chefe da equipe Eurofarma, orientando os pilotos Ricardo Maurício e Max Wilson na terceira etapa da temporada, que tem largada marcada para as 11h.

A história do paranaense se confunde com a da Stock Car. No início da categoria, Meinha era o único mecânico responsável pelo equipamento de Boesel. Ele que transformava o carro de passeio em uma máquina de corrida.

- Era muito diferente - recorda.

- A gente recebia o carro "de rua", tirava os bancos e "raspava" tudo o que dava da estrutura para deixar mais leve. Hoje, a gente recebe o carro feito especialmente para corridas.

Daquela época, Meinha traz a experiência que o permite chefiar a própria equipe, fundada em 2000. A vivência facilita a tomada de decisões estratégicas durante as corridas, além de tornar-lhe mais exigente com seus mecânicos, que cumprem uma função que ele conhece bem.

Mas as vantagens de ser o único remanescente dos primórdios da Stock Car não o transformaram em um saudosista. Ele lembra que os carros tinham sistemas de segurança primários e os pilotos eram amadores. Comemora a evolução da modalidade, que se transformou na mais importante do automobilismo brasileiro.

- Tinha muito piloto que era empresário e disputava as corridas no final de semana, como um hobby. Hoje, se o piloto não for profissional e se dedicar totalmente, não tem a menor chance de competir - destaca.

O conforto dos competidores talvez seja o único aspecto que retrocedeu. O chefe da Eurofarma reconhece que não é autoridade no assunto, já que não entra nos cockpits dos carros, mas lembra que o calor chega a níveis insuportáveis, resultado da instalação de uma aparelhagem de segurança mais eficiente.

- Antes, a gente tirava as janelas do carro e o piloto guiava assim mesmo. Agora, o calor dentro do carro pode chegar a 60 graus. Se o piloto não tiver preparo físico e muita concentração, pode sair de uma corrida direto para o ambulatório - avisa.


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