Galhos no chão
Smam poda árvores na Praça Dom Feliciano
Procedimento visa à segurança de pedestres e motoristas, informa a secretaria

A poda de árvores na Praça Dom Feliciano, no centro de Porto Alegre, chamou atenção de quem passava pelo local no início da tarde deste sábado. O trabalho, conduzido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), atingiu quatro tipas plantadas na calçada perto da esquina entre as ruas Senhor dos Passos e dos Andradas.
O objetivo do trabalho, de acordo com a bióloga Regina Patrocínio, gestora técnica da zonal centro da Smam, é aumentar o tempo de vida das árvores e preservar a segurança de pedestres e motoristas que trafegam nas proximidades da praça.
- Entre remover completamente uma árvore e realizar um trabalho como esse, que pode permitir que ela permaneça por mais tempo na praça, preferimos essa intervenção - observa Regina.
A bióloga explica que as tipas são a última espécie a perder as folhas no inverno, por isso, esse era o melhor momento para realizar a poda, pois os galhos das árvores ficam mais leves. Os exemplares que sofreram intervenção apresentavam desequilíbrio, com a copa pesando mais para o lado da rua do que da praça. Uma delas, estava bem perto da parada de ônibus. Outras tinham necroses, deixando o tronco praticamente oco, o que representa alto risco de queda durante vendavais.
A tipa é uma espécie asiática que foi muito utilizada nos anos 1950, quando começou o trabalho de embelezamento do centro da Capital. Na época, conta Regina, o intendente de Porto Alegre convocou engenheiros para planejarem a arborização da cidade. As tipas, assim como ligustres e plátanos, foram as árvores preferidas para esse processo. A bióloga estima que as árvores podadas neste sábado datem desta época, portanto, já têm mais de 50 anos.
Intervenções semelhantes serão realizadas novamente durante a semana, nos arredores da Igreja das Dores, também no centro da Capital. Serão removidas ervas de passarinho do corredor de plátanos na Rua Padre Tomé e algumas árvores terão a copa podada, por apresentarem risco de cair sobre o telhado no Museu Militar.