Inaugura, mas não abre
Hospital da Restinga inaugura dia 6, mas só funciona em julho
Solenidade ocorrerá no dia 6 de junho, provavelmente com a presença da presidente Dilma Rousseff, mas hospital começará a funcionar somente em julho
A fita será cortada antes da Copa, mas as portas só serão abertas para atendimento da população no começo de julho. Esta é a nova previsão de inauguração do Hospital da Restinga, na Zona Sul da Capital. Segundo a assessoria da Secretaria Estadual da Saúde, a solenidade deve ocorrer no dia 6 de junho, com a provável presença da presidente Dilma Rousseff, que estará na cidade para participar do lançamento das candidaturas de Tarso Genro, ao segundo mandato no governo do Estado, e de Olívio Dutra, ao Senado.
Custeio mensal de R$ 4,6 milhões
Na quarta-feira, representantes do Ministério da Saúde, das secretarias da Saúde do Estado e da Capital e da Associação Hospitalar Moinhos de Vento - administrador da nova instituição hospitalar - definiram o valor do custeio do empreendimento em R$ 4,6 milhões por mês. Conforme o Diário Gaúcho havia antecipado, a cota do Governo Federal será de 50% (R$ 2,3 milhões) e a outra metade será dividida entre o Estado (25% ou R$ 1,15 milhão) e o Município de Porto Alegre (25% ou R$ 1,15 milhão).
Lei Eleitoral limita ação de políticos
Além da decisão sobre o valor do custo mensal de manutenção do hospital, a agenda da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, era outra preocupação. Como ela visitará a Capital nos dias 6 de junho e 18 de julho, a solenidade de inauguração do hospital com sua presença só pode ser realizada na primeira data. Por um motivo simples: a Lei Eleitoral proíbe o comparecimento de qualquer candidato a inaugurações de obras públicas a partir do dia 5 de julho - três meses antes do início do processo eleitoral.
Um mês para a assinatura dos contratos
No Brasil, obras públicas são inauguradas antes de funcionar e até meses depois de serem entregues às comunidades. No caso do Hospital da Restinga, há pelo menos uma explicação para o prazo de um mês para a instituição hospitalar realmente começar a atender os pacientes. Segundo a gerente médica da Responsabilidade Social do Hospital Moinhos de Vento, Gisele Nader, o período será utilizado para assinatura dos contratos de todos os profissionais e das empresas terceirizadas escolhidas para trabalhar no complexo hospitalar. Segundo ela, isto só pode ser feito quando há uma data prevista para o início do trabalho.
Saiba mais:
- A intenção é abrir novos leitos a cada 30 dias, com funcionamento a pleno seis meses após a abertura.
- Em plena atividade, serão 1,3 mil atendimentos ambulatoriais, na emergência e unidade de diagnóstico por dia.
- O Hospital da Restinga beneficiará a população do bairro e também outros do Extremo Sul (Lageado, Lami, Belém