Blitz DG
Às vésperas das férias de inverno, faltam professores nas escolas da Capital
Alunos continuam sendo liberados antes do horário
Quase cinco meses depois do início das aulas e às vésperas das férias de inverno, ainda há escolas estaduais de Porto Alegre que sofrem com a falta de professores. Na semana passada, o Diário Gaúcho consultou cem das 262 escolas estaduais da Capital e verificou que em 29 delas há alguma vaga em aberto. O levantamento apontou falta de 45 profissionais nas instituições contatadas.
Quando o professor não se divide em dois, os alunos são liberados mais cedo.
- Saio só segunda e sexta no horário certo - revela Larissa Baialardi, 11 anos, aluna da turma 64.
Sem professor de Português há dois meses, ela começa a se preocupar com o futuro.
- Isso nos prejudica porque vamos chegar no sétimo ano sem saber o conteúdo do sexto.
Pelas escolas contatadas pelo DG, as séries iniciais são as mais afetadas. Dos 45 que estão em falta, 37% são de primeiro ao quarto ano. Entre as disciplinas, Português, Matemática e Geografia são as que têm maior demanda.
Diretora da Escola Alcides Cunha, Maguinória Beux, conta que 11 turmas são afetadas com a falta de professor de Português. Mas não é só isso: está sem um professor de Arte, Geografia e Química. No caso desta última, o professor de Física costuma substituir. Sem falar nas reclamações a respeito da falta de funcionários e monitores.
Entre quinta e sexta-feira, o Estado fez um mutirão para nomeação de 909 professores aprovados no concurso do magistério de 2013. Destes, 122 ficarão na Capital e devem chegar às escolas em até cinco dias após serem nomeados.