Polícia
Quadrilha ataca canil municipal de Gravataí e leva 40 cachorros
Os cães levados pelo bando pertenciam a um canil clandestino e haviam sido recolhidos por maus tratos
Uma quadrilha com coletes da Polícia Federal (PF) invadiu o Canil Municipal de Gravataí, na madrugada de domingo. Depois de renderem os dois vigias, levaram 46 cachorros. Os cães apreendidos custam em média R$ 1 mil cada um no mercado. Alguns podem valer mais de R$ 2 mil.
O bando chegou ao local em três carros. Um homem, com colete e distintivo da PF, desceu de um dos veículos identificando-se como agente federal e disse ter um mandado de busca. Um dos funcionários foi atendê-lo. O outro desconfiou e tentou ligar para a Guarda Municipal.
Quando o movimento foi percebido, pelo menos 10 bandidos armados invadiram o canil, pulando a cerca, e renderam os dois. Um dos vigias foi agredido. Depois, foi algemado e trancado na secretaria. O outro foi amarrado e teve um capuz preto colocado na cabeça.
Em seguida, os criminosos invadiram o setor onde ficavam as baias de cachorros que recém haviam chegado, depois de serem recolhidos de um canil clandestino. A maioria era de raça. Levaram 46 cães e libertaram todos os outros que estavam no local.
Uma briga generalizada se formou entre os animais, o que chamou a atenção de um vigia da propriedade ao lado, que alertou a Guarda Municipal. Ele ainda tentou evitar o roubo e trocou tiros com os ladrões, mas não evitou que eles fugissem.
- As pessoas que invadiram aqui conheciam o local, foram direto onde estavam os cães do canil clandestino. Eles já haviam planejado isso, várias ligações foram recebidas nas últimas noites para verificar se tinha alguém aqui - conta Cláudia Costa, diretora da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí, responsável pelo canil da cidade.
Na troca de tiros, ninguém ficou ferido, mas na briga dos cães, quatro morreram, três do canil municipal e um do clandestino.
- Estamos ainda ouvindo testemunhas e vítimas, não podemos liberar mais detalhes para não atrapalhar a investigação - afirmou o titular da 2ª DP de Gravataí, Eibert Moreira.
Foto: Érico Fabres/Especial