Enquanto passeava com a cadela Ping Fu na manhã desta quarta-feira, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, João Oliveira foi vítima de um assalto. O criminoso, no entanto, não levou do servidor público de 59 anos nenhum objeto visado pela maioria dos assaltantes. Como Oliveira estava sem celular, a lhasa apso de cinco anos se tornou o alvo:

- Quando vou passear com a Ping, não levo nada. E ele disse: "Então me dá a cachorra".

Após pegar a guia da cadela, o homem (seria negro, de estatura mediana) começou a caminhar em direção à Rua Sinimbu. Oliveira foi atrás, repetindo "O que eu posso fazer para ter a cachorra de volta?".

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- Ele parou, apontou a arma para mim e disse: "Fica onde tu tá". Parei, e ele entrou em um carro, que saiu em disparada - conta.

Uma ocorrência foi registrada na 8ª Delegacia da Polícia Civil (Petrópolis). A reportagem entrou em contato com os policiais e foi informada de que não há outro caso semelhante registrado na DP. Oliveira e a família procuram o animal de estimação e têm esperança de que o criminoso seja identificado por meio de câmeras de segurança.

Ping Fu foi morar com a família em 2009

Primogênita do técnico em contabilidade, Bianca Oliveira começou a sofrer um transtorno de ansiedade em 2007. Indicaram, então, que a companhia de um cachorro poderia ajudá-la.

- No início, meus pais não queriam ter cachorro. Ela veio em 2009, e foi maravilhoso. Ping Fu é um nome de origem chinesa, cujo significado é acalmar, serenar. A minha mãe pesquisou esse nome na internet, e ela veio para a família para ser minha. E fez jus ao nome. Uniu muito a família - conta Bianca.

A cadela é branca, com manchas beges, e pesa 7,5 quilos. Está só com o rosto tosado, com a franja um pouco desparelha. O nariz, preto, está um pouco esbranquiçado. No momento do assalto, usava uma coleira rosa, com pedrinhas brilhantes.

Quem tiver informações da lhasa apso pode entrar em contato com os donos, pelos telefones (51) 8197-4493 e (51) 99670770.

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2010: Assaltantes deixam carro de luxo, mas levam cães

Assaltos no bairro preocupam vítima

A insegurança na região preocupa o servidor da Secretaria Municipal da Fazenda. Uma das maiores discussões com a família era porque ele queria ir embora do bairro onde mora desde os 11 anos, para uma região onde houvesse maior movimentação de pedestres. Ao voltar para casa sem Ping Fu, entrou esbravejando, dizendo que queria sair do Petrópolis de vez. Oliveira, que vai e volta do trabalho de ônibus, observa poucas pessoas nos coletivos e circulando a pé pela região.

- A cada dois meses, sabemos de um assalto, de alguém que morreu aqui perto. Eles (ladrões) sabem que as pessoas daqui têm celulares caros. Mas eu não costumava passear com a cachorra com o celular. Agora, me arrependo muito de não ter levado alguma coisa de valor no bolso.

*Zero Hora