Na disputa com as praias de Santa Catarina pela atenção das famílias que rumam em direção ao litoral no Verão, pousadas e hotéis do Litoral Norte já estão se preparando para receber os milhares de visitantes. Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, outubro é o melhor mês para reservar pousadas e hotéis. São cerca de 17 mil leitos disponíveis entre Quintão e Torres.
Conforme o vice-presidente do Sindicato, Francelino Meregalli da Silveira, o ramo das pousadas familiares é o que mais cresceu desde a última temporada - em torno de 10%. Elas têm menos quartos, a maior parte não oferece serviço de café da manhã e as diárias variam entre R$ 30 e R$ 100.
Foi apostando nesta novidade que o casal Anselmo Antunes, 50 anos, e Eva Cardoso Pereira, 66 anos, vendeu o sítio da família em Gravataí para apostar em duas novas pousadas em Quintão.
- É o investimento das nossas vidas. Visitamos diferentes praias até escolhermos Quintão. Nos pareceu mais familiar e com poucas opções para os turistas - justifica Anselmo.

"É um bom sinal!"

Para diminuir as despesas, o próprio casal faz as reformas no antigo prédio comprado. Enquanto Eva pinta janelas, portas e as geladeiras, Anselmo, que é construtor civil profissional, dedica-se a erguer paredes e trocar pisos e forros. Pelo menos uma das duas pousadas da família estará apta a receber os turistas no próximo verão. São cinco apartamentos, cada um com espaço para até quatro pessoas. A pousada Evlin leva o nome da neta do casal, de seis anos. A outra, que terá dez cabanas completas, ainda está em construção e só deverá receber clientes em 2016.
- Nem terminamos a reforma desta e já tem gente ligando para reservar para as festas de final de ano. É um bom sinal! - comemora Eva.

Reajustes de 7%

Francelino destaca que os preços das diárias no Litoral Norte deverão sofrer reajustes de, no máximo, 7% em relação à temporada passada. No pico do verão, as diárias dos hotéis de duas até quatro estrelas poderão ficar entre R$ 180 e R$ 300.
Pelo quarto ano consecutivo, Francelino, que é proprietário de três hotéis (um em Imbé e dois Tramandaí), não pretende reajustar os preços. O objetivo é atrair a clientela que ainda está em dúvida entre as praias gaúchas e as catarinenses.
- Não adianta subir R$ 30 numa diária e não ter taxa de ocupação. Sem mudar a tabela, vejo a procura aumentar a cada ano. Então, manterei um preço competitivo e ganharei na quantidade - ensina o experiente Francelino.

Leia outras notícias no Diário Gaúcho