Charqueadas
Iesa nega que rescisão do contrato tenha relação com a Lava-Jato
Objetivo é reestruturar a dívida do grupo
A Iesa Óleo e Gás nega que a rescisão do contrato pela Petrobras tenha relação com a Operação Lava-Jato. A estatal cancelou as encomendas de módulos para plataformas, negócio que somava US$ 800 milhões. Dias depois, a Iesa comunicou que demitiria os mais de mil trabalhadores da fábrica de Charqueadas.
Divulgado pelo blog Acerto de Contas, o comunicado da empresa dz que a decisão da Petrobras se deve a "discordâncias na condução dos trabalhos de produção dos módulos."
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O presidente da Iesa, Valdir Carreiro, e o diretor Otto Sparenberg foram presos na operação da Polícia Federal. Na nota desta quarta-feira, a empresa também negou que o presidente tenha zerado as contas bancárias devido à operação.
"(...) como a empresa vem passando por uma crise financeira, a Justiça do Trabalho de Macaé, município do Rio de Janeiro, em especial a Segunda Vara, vem fazendo reiterados bloqueios junto às instituições financeiras brasileiras nas contas mantidas pela IESA Óleo & Gás e também por seus administradores, dentre eles o Sr. Valdir Lima Carreiro, que vem sofrendo penhoras e bloqueios nas quatro únicas contas bancárias que mantém em seu nome. O presidente não zerou as contas propositadamente nem sabia, com antecedência, da sétima fase da Operação Lava-Jato"
Demissões Charqueadas
Dias após o rompimento do contrato pela Petrobras, a Iesa Óleo e Gás comunicou que demitiria os mais de mil trabalhadores da fábrica de Charqueadas. A falta de negociação com o sindicato, como é determinado em caso de demissão em massa, e o receio pelo não pagamento da rescisão fez com que o Ministério Público do Trabalho ingressasse na Justiça com uma ação coletiva. As demissões foram transformadas em licença remunerada pela Vara do Trabalho e houve bloqueio de bens.
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"Devido a tal decisão, a IESA iniciou o processo de rescisão do contrato de trabalho de seus colaboradores de Charqueadas, já que não poderia arcar com as despesas da fábrica e da equipe; entretanto, a Justiça determinou, no dia 22 de novembro, a suspensão das demissões."
A empresa sinaliza com a apresentação de propostas na audiência de conciliação, marcada para a próxima quarta-feira.
"Nosso corpo jurídico está analisando os processos e tomará as medidas cabíveis aos casos na audiência de conciliação, que será realizada no dia 3 de dezembro."
* Rádio Gaúcha