Chuvarada
Muro de residência desaba após chuva na zona Sul de Porto Alegre
Muro lateral e parte do pátio do aposentado Aparício Buaes desabaram devido à umidade do solo
Além de ruas alagadas, a chuva que atingiu Porto Alegre na madrugada desta quinta-feira (26) trouxe transtornos também para o aposentado Aparício Dantur Buaes, de 72 anos.
O muro lateral e parte do pátio do morador desabaram devido à umidade do solo, na rua Comandaí, no Bairro Cristal, na Zona Sul da Capital. Segundo ele, o muro estava sendo construído pelo dono do terreno ao lado, um pouco mais baixo que o dele.
Ele explica que ficou sabendo sobre o desabamento ainda na madrugada.
- Foi quando o guarda de segurança tocou a campainha, por volta das 4h30, dizendo que tinha desabado o terreno, que havia feito um barulho e aí eu vim verificar. Meu cachorro tava preso, inclusive machucou o cachorro, ele não consegue nem caminhar direito - lamenta o idoso.
Adriana Buaes, 44 anos, também moradora da residência e filha de Aparício, diz que a filha pequena está com medo de um próximo desabamento.
- Ela está com medo, chegou a chorar hoje porque não quer entrar dentro de casa, ela está com medo porque acha que pode desabar a casa a qualquer momento ali. Ela está apavorada, não quer entrar de jeito nenhum em casa. Vou aguardar que tomem providências, né? - diz ela.
Assim que ficou sabendo da queda do muro, Aparício ligou para a Brigada Militar, que foi até o local. O aposentado foi aconselhado a registrar ocorrência na Polícia Civil.
Ele pretende agora denunciar o ocorrido ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) e acionar a justiça.
Em frente à obra, não havia placa com informações da obra e do engenheiro responsável. De acordo com o Crea-RS, se a construção for irregular, o dono do terreno será notificado. O proprietário deverá colocar em dia a documentação necessária para prosseguir com a obra.
O Crea-RS explica que qualquer serviço de edificação, obras e reformas na parte elétrica precisam de registro no órgão. A autorização deve ficar exposta junto com a informação do profissional que responde pelo serviço.
Para que não haja acidentes desse tipo, o Crea pede para que a população denuncie obras clandestinas e sem informações técnicas expostas ao público. O órgão garante fiscalização em até 24 horas.
O Diário Gaúcho tentou entrar em contato com o dono do terreno, mas os números de telefone tentados estavam desligados.
PARA DENUNCIAR:
disque.seguranca@crea-rs.org.br ou 0800-5102563
O cachorro do aposentado não consegue andar após sofrer fratura com a queda do muro.
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