Vida digital
Equipamentos móveis ampliam acesso do brasileiro à internet
Segundo IBGE, celulares e tabets garantiram conexão de 7,2 milhões de pessoas à web em 2013
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detectou pela primeira vez o impacto de celulares e tablets na ampliação do acesso dos brasileiros à internet.
Segundo dados divulgados nesta manhã, em 2013 houve um acréscimo de 7,2 milhões no número de pessoas que se tornaram usuárias da web graças a dispositivos alternativos ao microcomputador, o equivalente a 4,1% da população na faixa etária com mais de 10 anos.
Os números fazem parte de um suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e não refletem a expansão da telefonia móvel e a popularização dos tablets ocorridas de 2013 para cá. Mas já detectam uma tendência de mudança.
Juventude e escolaridade aumentam conexão à internet
Em nove anos, Brasil ganha 74 milhões de usuários de celular
Há mais de uma década, o IBGE registrava avanço do uso da internet por intermédio de computadores. Na pesquisa de 2004, 20,9% dos brasileiros com 10 ou mais anos de idade haviam acessado a rede nos três meses anteriores, usando o equipamento. Em 2011, o índice mais do que dobrou, alcançando 46,5%. A novidade é que, em 2013, pela primeira vez, o índice caiu, descendo para 45,3%.
No cômputo geral, no entanto, mais brasileiros estiveram conectados. Pela primeira vez, o instituto perguntou também quem havia feito acesso só por outros tipos de equipamentos, como celulares, tablets e televisores. O índice foi de 4,1% - um em cada 25 brasileiros.
Com isso, a proporção de internautas na população chegou a 49,4%, o equivalente a 85,6 milhões de pessoas.
Desses 85 milhões de brasileiros que acessaram a internet, 46% costumavam conectar-se por celular. Um parcela expressiva - 7,3% do total - tinha no telefone a única forma de acesso à rede. Somando os que usavam só celular ou tablet, o índice era de 8,1%.
No Rio Grande do Sul, com 5 milhões de internautas, 41% tinha conexão pelo celular, sendo que para 6,3% do total o aparelho era a única forma de contato com a internet.