A prefeitura de Porto Alegre divulgou ontem o novo edital para licitação do transporte público municipal. O Executivo tenta pela terceira vez realizar a primeira concorrência da história do serviço na Capital. As duas licitações anteriores fracassaram. Não houve candidatos. Interessadas em manter o modelo atual, as atuais permissionárias pagaram para ver e não apresentaram propostas. Agora, pode ser que a coisa mude de figura.

O edital amplia de três para seis o número de lotes de linhas, favorecendo a participação das empresas menores. Além disso, permite a presença de operadoras internacionais no certame.

Como morador de Porto Alegre e usuário de ônibus, torço para que a nossa Capital tenha um serviço de melhor qualidade, que não transporte as pessoas feito sardinha em lata, como ocorre em muitas linhas atualmente.

Leia outras colunas de Antônio Carlos Macedo

Ar-condicionado

O novo edital não exige ar-condicionado em todos os ônibus inicialmente. O recurso estará presente em 25% da frota, chegando a 100% em dez anos. No começo, não entendi o motivo de a prefeitura ir contra a proposta aprovada pela Câmara, prevendo refrigeração em todos os ônibus novos a partir de agora.

É que a exigência prejudicaria a participação de empresas de fora de Porto Alegre na licitação. Como estas chegariam à cidade com frota nova, todos os carros teriam que ter ar-condicionado, o que encareceria o custo da passagem.

Leia outras notícias do dia