Três dias sem água
Alvorada vai decretar estado de calamidade pública
Cidade da Região Metropolitana enfrenta problemas no abastecimento desde a última segunda-feira
O corte no abastecimento de água atinge todos os 210 mil habitantes de Alvorada desde segunda-feira. As bombas que fazem a captação estão inoperantes devido ao aumento do nível do Rio Gravataí. Para atenuar os problemas, seis caminhões-pipa atendem órgãos públicos e atenuam os problemas dos moradores, mas não chegam em todos os locais. Há bairros alagados onde a luz também foi cortada.
A soma desses fatores levou o prefeito da cidade, Sergio Bertoldi (PT), a decretar o estado de calamidade pública. As informações são da Rádio Gaúcha.
- Temos muito trabalho pela frente e precisamos agilizar a liberação de recursos federais - argumenta.
A expectativa para a normalização do abastecimento ainda é incerta. Técnicos trabalham para que as bombas de captação voltem a operar o mais rápido possível. A expectativa otimista da Corsan é que a água volte a ser retirada do Rio para a Estação de Tratamento nesta quinta-feira. Se isso ocorrer, o serviço deve começar a ser restabelecido apenas na sexta e nos locais mais baixos.
- Ainda não temos uma ideia definitiva do tempo, por que estamos colocando sacos, pedras e componentes para fazer a separação entre a água e as bombas - explica o diretor de operações da Corsan, Eduardo Carvalho. A ação é necessária para a troca dos equipamentos com defeito.
Devido aos cortes, moradores relatam que há mercados e armazéns em que a água mineral acabou ou está com preço superior. A técnica de enfermagem Ana Maria Silveira de Lima, teve que se embrenhar no mato para garantir o mínimo para lavar a louça e a roupa.
- Fiz sete viagens, mas trouxe a água de uma fonte que tem aqui no meio do mato. Meu neto abriu caminho com um facão - conta.
Alvorada ainda sofre com alagamentos e falta de luz nos Bairros Americana, Nova Americana e Sumaré.
Viamão
Viamão enfrenta os mesmos problemas de Alvorada, com exceção da região central da cidade, abastecida por uma estação de tratamento de água alternativa. Devido à situação, o município aplicou multa de R$ 121,6 mil à Corsan. Caminhões-pipa levam água a moradores e postos de saúde, Pronto Atendimento 24 Horas, Hospital de Viamão, Escolas, entre outros locais.
Gravataí e Cachoeirinha
A estação de captação de Cachoeirinha está funcionando com 50% da capacidade e isso faz com que os bairros sejam atendidos em rodízio. Em Gravataí, os bairros mais atingidos são as Moradas do Vale e o Parque dos Eucaliptos. Caminhões-pipa também são destinados à população.
* Rádio Gaúcha