Diabéticos que usam insulina e hipertensos devem ter ainda mais cuidados com a saúde no inverno porque os números de infarto e de AVC aumentam 40% nesta estação para pessoas que sofrem com estes dois problemas de saúde.

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Especialista em cirurgia cardiovascular, em transplante de coração e coordenador da comissão de remoção de órgãos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o médico José Lima Oliveira Junior explica que há seis hipóteses para este aumento:

1. A hipertensão tende a se agravar nos meses frios devido à vasoconstrição. Ela é uma resposta fisiológica para manter a temperatura do corpo, inclusive das coronárias, o que pode desencadear um quadro de insuficiência coronária.

2. Outro motivo é o maior número de casos de infecções respiratórias, o que aumenta, entre outras coisas, a inflamação dos vasos sanguíneos.

3. Com o frio, o sangue pode ficar mais viscoso, o que facilitaria o processo de formação de trombos (coágulo sanguíneo) no sistema arterial, inclusive nas coronárias.

4. Sedentarismo, que se torna mais comum nos meses mais frios.

5. Redução do consumo de líquidos, o que contribui para o aumento da viscosidade do sangue.

6. Aumento do consumo de alimentos calóricos, ricos em gorduras e sódio.

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Mas nem tudo são más notícias. Há como se prevenir. O doutor José Lima explica quatro atitudes que precisam ser tomadas:

1. Ter ainda mais atenção com a dieta, evitando alimentos muito calóricos e salgados.

2. Continuar fazendo atividade física, pelo menos três vezes por semana.

3. Manter a ingestão de líquidos, como nos meses mais quentes.

4. Redobrar os cuidados para reduzir o risco de adquirir infecções respiratórias, mais frequentes no inverno.

Veja os sinais de alerta para procurar ajuda:

- Os sinais clássicos de doença coronária, como o infarto, são dor no peito, em aperto ou peso, irradiada para membro superior esquerdo, região posterior do tórax, tonturas e palidez.

- Diabéticos e mulheres idosas devem estar mais atentos, pela possibilidade de terem um infarto sem dor.

- Sintomas persistentes, como náuseas, vômitos, dores abdominais e infecções respiratórias podem estar mascarando um caso de insuficiência coronária.