Violência na Capital
Passeata homenageia estudante morto por assaltantes
Colegas de Alencar da Costa Júnior também protestaram contra a falta de segurança
Cerca de 300 alunos da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) realizaram uma caminhada em memória ao estudante de enfermagem Alencar da Costa Júnior, 21 anos, morto em um assalto, nas proximidade do Parque Germânia, na Zona Norte da Capital, na madrugada de domingo passado.
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A passeata foi iniciada em frente à sede da instituição de ensino, na Rua Sarmento Leite, na tarde desta quinta-feira. Silenciosamente, com apoio da Brigada Militar, os participantes seguiram pela Avenida Osvaldo Aranha até as proximidades do Hospital de Pronto Socorro. Ao lado do prédio do HPS, os estudante sentaram no chão, rezaram e ouviram a fala da mãe de Alencar, Fabiana Poloni, que veio de Caxias do Sul, onde mora, especialmente para o ato.
- Um guri que veio de Caxias do Sul atrás de seus sonhos, iria se formar daqui a quatro meses e é morto violentamente por marginais. Ele não fumava, não bebia, não costumava sair à noite, seu único vício era caminhar. Quero muito que seja feita justiça - desabafou a mãe.
Alencar se formaria no final do ano
Foto: Arquivo pessoal
O trajeto da caminhada foi uma homenagem a Alencar, que estudava na UFCSPA e sonhava trabalhar no HPS. Segundo seus colegas, ele já realizava trabalhos de apoio a drogados e a vítimas da violência.
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- São dias bem difíceis. Por outro lado, como consolo, fico bem feliz de ver o quanto ele era querido e o quanto as pessoas gostavam dele. O que queremos é justiça e mais segurança para nós da comunidade acadêmica. Corremos riscos perto de nossas casa e ainda mais aqui perto da faculdade - disse o estudante Lucas Pontes, 21 anos, colega e melhor amigo de Alencar.
O assalto que resultou na morte de Alencar ocorreu por volta da 2h de domingo passado, quando ele caminhava com a namorada pela Rua Tulio de Rose, Bairro Passo D'areia. Pelo menos dois assaltantes participaram do crime.
O caso está sendo investigado pela 14ª DP da Capital que tenta, através das imagens captadas por câmeras de vigilância instaladas na região, identificar os autores do latrocínio.
Estudantes sentaram no chão, ao lado do HPS
Foto: Fernando Gomes