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PMs envolvidos em morte no Santa Tereza estão afastados do policiamento

Brigadianos estão passando por atendimento psicossocial e serão reavaliados antes de retornar ao trabalho

04/09/2015 - 11h28min

Atualizada em: 04/09/2015 - 11h28min


Adriana Irion
Adriana Irion
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Diego Vara / Agencia RBS
Morte de jovem causou revolta na comunidade do Morro Santa Tereza

Os três policiais militares (PMs) que atuaram diretamente na ocorrência que resultou na morte do jovem Ronaldo de Lima, 18 anos, no Morro Santa Tereza, estão afastados do policiamento desde a quinta-feira.

Eles estão passando por atendimento psicossocial e serão reavaliados antes de retornar ao trabalho. Perícia preliminar indica que Ronaldo foi baleado pelas costas.

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A Polícia Civil não divulga informações do caso em função da paralisação motivada pela falta de pagamento dos salários. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) informou, por meio de nota, que os laudos do caso não foram concluídos e que qualquer informação atribuída às perícias não é oficial.

Além de detalhes da necropsia, exames periciais devem apontar se Ronaldo tinha resíduos de disparo nas mãos. A versão dos PMs é de que ele estava armado e atirou contra a guarnição do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

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A arma que seria do jovem foi retirada do local do crime antes da chegada da Polícia Civil e, entregue depois pelos PMs em uma delegacia. O revólver também passará por exames.

O comandante do 1º BPM, tenente-coronel Antonio Carlos Maciel Junior, disse que não falará mais sobre detalhes da ocorrência porque o caso está sob investigação em um Inquérito-Policial Militar conduzido por outro oficial.

 A ação da BM no Morro Santa Tereza, na manhã de quinta-feira, causou revolta na população. Quatro horas depois de Ronaldo ser morto, dois ônibus e um lotação foram queimados na região. Durante toda a quinta-feira a circulação de coletivos ficou suspensa na área.

Veja imagens do dia de conflitos no Morro Santa Tereza:

* Zero Hora


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