Violência urbana
Roubo de carros cresce 47% em Porto Alegre
Alta foi registrada na semana em que forças de segurança reduziram o ritmo de trabalho por salário parcelado
Por trás de ocorrências de maior repercussão que marcaram a semana de paralisação das forças policiais do rio Grande do Sul, como a queima de dois ônibus e de um lotação no Morro Santa Tereza, outros casos de violência ganharam fôlego nos últimos dias.
O roubo de veículos, em que o cidadão sofre grave ameaça, ficando na mira de armas, deu um salto de 47% em Porto Alegre entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, em comparação a igual período da semana anterior. Passou de 96 carros levados por bandidos para 141 na Capital. Os dados fazem parte de registros oficiais da segurança.
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O roubo de veículos tem sido um desafio permanente para a área, já que registra índices crescentes ano a ano. Mas com a redução de policiamento nas ruas e o cancelamento de operações para prisão de quadrilhas pela Polícia Civil, a ação dos criminosos fica facilitada.
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Os protestos dos policiais foram motivados pelo atraso no pagamento dos salários dos servidores públicos. Na primeira semana de agosto, em que também houve redução do ritmo de trabalho na segurança por conta do primeiro parcelamento de salários promovido pelo governo estadual, o crescimento de casos de assaltos envolvendo veículos já havia aumentado 30% na Capital, segundo apurou Zero Hora.
Em agosto, o Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindseg/RS) previa que ocorrências de furto e de roubo de carros teriam crescimento de 300 a 400 casos na Capital e na Região Metropolitana, contra um número normal que ficava entre 600 e 700 registros. O cálculo leva em conta somente a frota segurada. A expectativa do Sindseg/RS se confirmou.
- Ultrapassamos mil ocorrências em agosto. Deve fechar em 1,1 mil. Só na minha empresa, tínhamos 80 carros roubados por mês e passou para 160. O problema é muito sério para a segurança pública. Temos que reforçar os cuidados da população. As pessoas precisam estar atentas. Em cerca de 30% dos casos de roubos, o motorista está dentro do carro esperando alguma coisa - destaca Julio Cesar Rosa, presidente do Sindseg/RS.
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O sindicato contabiliza ainda redução na recuperação de veículos. O índice que já esteve em torno de 50%, agora é de 20%, conforme o Sindiseg/RS.
Dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública em agosto mostraram que houve crescimento de 26% nos roubos de carros, na Capital, comparando os primeiros semestres de 2015 e 2014.