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Sartori reúne chefes de poderes e propõe empréstimo do Banrisul para pagar 13º salário

Governador abriu discussão sobre a possibilidade de os demais poderes seguirem decisão do Executivo de honrar gratificação através de empréstimo bancário

29/10/2015 - 18h23min

Atualizada em: 29/10/2015 - 18h23min


Carlos Rollsing
Carlos Rollsing
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Diego Vara / Agencia RBS
José Ivo Sartori

Por cerca de duas horas, entre as 15h e as 17h desta quinta-feira, o governador José Ivo Sartori recebeu os chefes do Judiciário, da Assembleia, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado para discutir a situação financeira do Rio Grande do Sul e a forma de pagamento do 13º salário dos servidores públicos.

Lideranças que estiveram na reunião confirmaram que, pela primeira vez, Sartori colocou na mesa o fato de que o Palácio Piratini não terá dinheiro para repassar aos poderes para o pagamento do 13º salário. Nesta semana, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, já havia afirmado publicamente que o governo irá propor que, da mesma forma que o Executivo, os outros poderes acertem a gratificação de final de ano - no total, são R$ 270 milhões - através de empréstimo bancário.

- Foi mencionada a questão do pagamento do 13º salário, mas não de forma detalhada. O governador ficou de marcar nova reunião para tratarmos do assunto. Por enquanto, não se evoluiu para uma conclusão ou acordo. O assunto foi apenas tangenciado - disse uma das testemunhas do encontro.

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Também foram apresentados números atualizados da situação financeira do Estado, considerando as mudanças ocasionadas pelas medidas de contingenciamento de gastos. As projeções de 2016, quando deverá ser registrado déficit de R$ 4,6 bilhões, foram mostradas a partir da perspectiva de aumento de receita devido à aprovação do aumento de alíquotas do ICMS.

Sartori ainda discorreu sobre novas iniciativas de ajuste fiscal que o Piratini irá propor até a metade de novembro.

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Outra liderança presente no encontro resumiu o debate da seguinte forma: "foi dito que teremos de encontrar uma alternativa conjunta para esse problema enorme. Isso sobre o conjunto da obra, não somente sobre o 13º salário".

Diante do tema delicado, apenas o desembargador Túlio Martins, presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça, aceitou falar abertamente sobre o conteúdo da reunião.

- Foi tratado o tema do 13º salário. O governador expôs as razões dele, mas não houve nenhuma decisão. Todas as hipóteses estão sobre a mesa, essa (empréstimo bancário para pagar o 13º salário) também está - afirmou Martins.


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