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Nova Santa Rita

Polícia suspeita que menino de seis anos tenha sido agredido e abusado sexualmente por familiar

Criança sofreu cortes em todo o corpo e foi encontrada desacordada no pátio de uma escola de educação infantil

15/11/2015 - 19h07min

Atualizada em: 15/11/2015 - 19h07min


Fernanda da Costa
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A polícia suspeita que o menino de seis anos que foi encontrado neste domingo com marcas de agressão em Nova Santa Rita, a cerca de 30 quilômetros de Porto Alegre, tenha sido vítima de abuso sexual e tentativa de estrangulamento. Há indícios de que o agressor seja parente da vítima, conforme a investigação. 

A criança desapareceu após sair de casa para brincar na casa de um amigo, no final da tarde de sábado, no bairro Restinga, onde mora. A mãe do menino disse à Polícia Civil que procurou por ele durante a noite, sem sucesso. Mesmo não tendo encontrado o garoto, ela não registrou ocorrência de desaparecimento. O menino foi localizado apenas na manhã deste domingo, no pátio de uma escola de educação infantil de Nova Santa Rita, por moradores das proximidades - entre eles dois policiais militares à paisana. A criança teria sido jogada por cima da cerca do local e estava desacordada.

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Ferido com cortes por todo o corpo e com uma lesão da coluna cervical - possivelmente causada por uma tentativa de estrangulamento, conforme a polícia - o menino foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Santa Rita. Do local, foi levado ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Canoas, onde foi sedado e internado. Ele está em estado regular.

Conforme o Conselho Tutelar de Nova Santa Rita, a criança teria relatado aos policiais militares e às equipes da UPA e do HPS que foi abusada sexualmente. À Polícia Civil, o menino disse apenas que teria ido brincar na casa de um amigo, mas como ele não estava acabou indo a uma festa que acontecia nos fundos da residência. A criança relatou ainda que foi levada da confraternização por um homem que estava no local, em um carro de cor escura.

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Conforme a Polícia Civil, a ocorrência foi registrada como estupro e lesão corporal, mas na descrição do caso também consta o crime de sequestro. O caso será investigado pela delegacia de Nova Santa Rita, que recebe apoio operacional da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas.

Polícia suspeita que agressor seja da família

O delegado Pablo Queiroz Rocha, titular da DCPA, afirma que há indícios de que o agressor seja um familiar. O pai da criança será investigado, pois possui histórico de agressão contra outro filho.

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A conselheira tutelar de Nova Santa Rita, Maria Alves Brum, afirma que, na presença da mãe, o menino disse que não teria sofrido violência sexual. Um exame pericial  também não confirmou a penetração.

- O problema é que o abuso não é só a penetração, também pode ser oral ou por toque, não identificável nesse exame - afirmou Maria.

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Sobre as agressões, o menino relatou ao Conselho Tutelar que o homem lhe feriu com um galho de árvore, o que foi confirmado pela polícia. O Conselho Tutelar de Porto Alegre foi acionado e deve acompanhar o caso.

- O ideal é buscar atendimento psicológico ao menino após o trauma. Ele estava muito nervoso e bem agitado - informa.

A reportagem tentou entrar em contato com a mãe do menino, mas ela não atendeu ao celular. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde de Canoas não autorizou que o hospital fornecesse o telefone do quarto onde o menino está internado, para preservar a família. O órgão ainda afirmou que a assistência social da prefeitura acompanhará a vítima e os familiares a partir de segunda-feira.

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