Polícia



Entrevista

"Não sei de onde tirei forças", diz mãe que quase teve filho sequestrado na Capital

Dona de casa de 36 anos foi atacada no começo da manhã desta terça-feira, na Avenida Ipiranga, por mulher que tentou arrancar o filho dos braços e chegou em carro dirigido por um comparsa

05/01/2016 - 21h19min

Atualizada em: 05/01/2016 - 21h19min


Luiz Armando Vaz / Agencia RBS
Na 2ª DP, mãe de bebê relembrou o momento em que lutou para não perder a criança

Já na 2ª Delegacia de Polícia da Capital, a mãe que quase viu o filho ser arrancado dos braços relembrou o momento de terror desta terça-feira. Em plena Avenida Ipiranga, uma das mais movimentadas da cidade, ela viu um carro preto parar e dele descer a mulher cujo rosto não esquecerá tão cedo. A criminosa iria impor à dona de casa, moradora da Zona Norte, talvez a maior batalha de sua vida: impedir o sequestro do filho.

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Sem imagens de câmeras de segurança que identifiquem a suspeita ou o carro, dirigido por um comparsa, a polícia parte para a confecção de um retrato falado. A hipótese de vingança contra ela ou contra o marido é a principal linha de investigação. Mas não está descartado o tráfico de órgãos e, por último, a intenção de usar o bebê em algum ritual religioso.

Por um bom tempo, ela não prevê saídas com o filho de três meses. Confira os principais trechos do relato dela ao Diário Gaúcho.

Diário Gaúcho - Como foi o ataque dessa mulher?
Mãe da criança - Eu não entendi direito o que ela queria. Quando eu estava para atravessar, esse carro preto parou. Ela desceu do lado do passageiro e veio pra mim dizendo "Caiu, moça". Eu estava com duas bolsas, olhei para o chão para ver o que tinha caído. Foi quando ela tentou arrancar ele de mim.

Ela pedia para senhora soltar a criança? Fazia ameaças?
Não, nada. Depois de dizer "caiu", não falou mais nada, só queria arrancar a criança. Não pediu carteira, celular, não tentou levar a bolsa, foi direto nele. E eu nem socorro conseguia gritar. Eu só mandava ela largar ele. "Tu tá louca!? Larga o meu filho!"

Como a senhora conseguiu resistir?
Sinceramente, não sei. A mulher era corpulenta, eu não sei de onde tirei forças. Acho que, mais um pouco, e eu não ia resistir. Meus braços já não estavam aguentando, a alça da bolsa começava a me machucar. Só pensava em não deixar levarem ele.

Depois de quase lhe tirarem o filho, como será sua rotina?
Eu nem sei o que pensar. Não tenho desavença com ninguém, não sofri ameaça nenhuma. Só sei que não vou sair com ele na rua por um bom tempo.

Entrevista com o Delegado César Carrion sobre criminosos que t... Posted by Diário Gaúcho on Tuesday, January 5, 2016

Assista a entrevista com o Delegado César Carrion responsável pela investigação do caso do bebê que quase foi levado dos braços da mãe na manhã desta terça-feira na Av. Ipiranga #DiarioGaucho


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