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Porto Alegre

Secretaria promete R$ 2,2 mi para escolas atingidas pelo temporal

Até a tarde desta quarta-feira, 35 instituições da rede estadual de ensino da Capital haviam relatado problemas ao governo

03/02/2016 - 19h50min

Atualizada em: 03/02/2016 - 21h13min


Juliana Bublitz
Juliana Bublitz
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Diretora da Escola Estadual Presidente Roosevelt calcula perdas entre R$ 80 mil e R$ 100 mil

Com pelo menos 35 escolas públicas atingidas pelo vendaval em Porto Alegre, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) reservou R$ 2,2 milhões para providências imediatas. A promessa é disponibilizar os recursos para as instituições de ensino nos próximos dias.

O diretor administrativo do órgão, Marcelo Gregório de Sá Verlindo, diz que ainda não é possível precisar o tamanho exato das perdas, porque os dados apresentados pelas direções são preliminares e é provável que o número de afetados aumente nos próximos dias, com a entrega de mais relatórios. Além disso, técnicos da Secretaria Estadual de Obras estão vistoriando os locais para elaborar laudos mais detalhados.

– A intenção é que o dinheiro emergencial seja usado para limpeza, troca de telhas, compra de lonas e demais medidas que não exijam projetos de arquitetura ou engenharia. Optamos por depositar diretamente nas contas das escolas para dar maior celeridade a essas medidas – afirma.

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O início do ano letivo continua marcado para o dia 29. Se os técnicos identificarem problemas estruturais, Verlindo não descarta a possibilidade de realocar alunos para evitar riscos.

Um dos estabelecimentos mais afetados foi a Escola Estadual Presidente Roosevelt, no bairro Menino Deus. As rajadas deixaram o pátio coberto de destroços.

Pelo menos 33 árvores foram despedaçadas pelo vento e mais de 30 telhas precisam ser trocadas no local. Canos quebraram, postes caíram, computadores molharam, a pracinha ficou imprestável, e o muro corre o risco de desabar.

– Trabalho aqui há 33 anos e nunca tinha visto nada assim, mas o governo prometeu ajudar. Esperamos reabrir as portas normalmente – projeta a diretora, Maricy Bonorino, 61 anos.

A prioridade é arrumar o telhado e fazer a limpeza. Segundo projeção da assistente financeira da escola, Dulce Miriam Delan, serão necessários entre R$ 80 mil e R$ 100 mil para deixar tudo em ordem.

Outro caso preocupante é o do Colégio Estadual Julio de Castilhos, um dos mais tradicionais da Capital. Conforme a professora Gilcéa Oliveira, do setor administrativo, as perdas incluem telhas avariadas, vidros estilhaçados, lâmpadas arrancadas do teto e árvores e muro caídos.

– Ainda estamos orçando os custos de tudo isso. O pior é que os repasses estaduais estão atrasados há dois meses. Não podemos fazer nada enquanto não entrar o dinheiro – adverte Gilcéa.

Comunidade organiza mutirão para ajudar escola

Comunidade decidiu ajudar a Escola Estadual Aurélio Reis a voltar à normalidade

Enquanto o dinheiro do Estado não chega, familiares de alunos da Escola Estadual Aurélio Reis, no bairro Jardim Floresta, em Porto Alegre, decidiram fazer um mutirão para ajudar a diretora Nássara Scheck. O colégio teve telhas arrancadas e árvores danificadas. Nesta quarta-feira, os galhos foram retirados pelos voluntários.

– Já que o governo não tem condições, fazemos o que é possível. Criamos um grupo que está sempre por perto quando a diretora precisa – conta o motorista Adolfo Fraga, 64 anos, cujos netos estudam no local.

– É uma forma de dar bom exemplo para os nossos filhos – complementa o autônomo Neimar Pozser, 39 anos, pai de um dos estudantes.

Escola de Educação Infantil Piazito, dentro do Grêmio Náutico Gaúcho, perdeu o teto durante da tempestade

O envolvimento comunitário não é exclusividade da Aurélio Reis. No bairro Menino Deus, a Escola de Educação Infantil Piazito, dentro do Grêmio Náutico Gaúcho, também recebeu apoio. Com o vendaval, o teto do segundo piso foi arrancado.

– Os pais vieram ajudar em pleno feriado. Nós ficamos muito felizes com isso. Vamos nos reerguer – destaca a diretora, Leila Dal'Pizzol.

Conforme o presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), Bruno Eizerik, os estragos em escolas privadas da Capital foram pontuais e não prejudicarão o início do ano letivo.

– As instituições já estão providenciando os reparos. Não há motivos para preocupação – afirma Eizerik.

Na rede municipal de ensino, não foram registrados problemas.

Confira a seguir a lista divulgada nesta quarta-feira pela Secretaria Estadual da Educação, com as escolas estaduais afetadas.

1. William Richard Schisler - Menino Deus

2. Estado do Rio Grande do Sul - Centro

3. Visconde de Pelotas - Auxiliadora

4. Presidente Roosevelt - Menino Deus

5. Rio de Janeiro - Cidade Baixa

6. Camila Furtado Alves - Floresta

7. Antão de Faria - Bom Jesus

8. Infante Dom Henrique - Menino Deus

9. Especial Renascença - Centro

10. Rafaela Remião - Lomba do Pinheiro

11. Santa Luzia - Santo Antônio

12. Fernando Gomes - Jardim do Salso

13. Colégio Estadual Inácio Montanha - Azenha

14. Ildefonso Gomes - Azenha

15. Venezuela - Medianeira

16. Dr. Oscar Tollens - Partenon

17. Humaitá - Sarandi

18. Imperatriz Leopoldina - Petrópolis

19. Emílio Kemp - Partenon

20. Escola Técnica Estadual Parobé - Centro

21. São Francisco de Assis - Santana

22. Colégio Estadual Marechal Floriano Peixoto - Floresta

23. Darcy Vargas - Farroupilha

24. Matias de Albuquerque - Ipanema

25. São Caetano - São Caetano

26. Instituto Estadual Rio Branco - Santa Cecília

27. Escola Técnica em Saúde no Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Centro Estadual de Referência em Educação Profissional - Rio Branco

28. Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio - Petrópolis

29. Mané Garrincha - Menino Deus

30. Colégio Estadual General Álvaro Alves da Silva Braga - Santa Tereza

31. Alberto Torres - Vila Nova

32. Colégio Estadual Júlio de Castilhos - Santana

33. Raul Pilla - Restinga Nova

34. Profª. Léa Rosa Cecchini Brum - Bom Jesus

35. Duque de Caxias - Azenha



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