Polícia



Morte no Petrópolis

"Vinte anos salvando vidas", diz viúva de socorrista assassinado.

Esposa de Alexsandro Hoisler chegou a ouvir os tiros, mas somente quando o celular tocou ela soube que o marido havia sido baleado

17/02/2016 - 21h57min

Atualizada em: 17/02/2016 - 21h57min


Luiz Armando Vaz / Agencia RBS
Verônica sempre era levada pelo marido à consulta, uma vez por mês, na Rua General Souza Doca

Verônica Gomes de Matos, 38 anos, ouviu os tiros na tarde de terça-feira na Rua General Souza Doca, Bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Ela havia chegado poucos minutos antes a uma consulta.

Como seria rápida, o marido, Alexsandro Hoisler, ficou no carro esperando com as compras do supermercado. Somente quando o celular dela tocou, descobriu que os tiros foram contra Alexsandro, que acabou morto em uma tentativa de roubo.

Era comum vocês irem àquele endereço?
Uma vez por mês eu tinha essa consulta. E sempre ele subia comigo. Mas nesse dia, ficou no carro por causa das compras do supermercado.

Como soube o que aconteceu?
Eu paguei a consulta e ouvi um tiro. Mesmo sem saber, me fez sentir uma coisa ruim. Em seguida, tocou o meu celular, e era o número dele. Mas era outra pessoa falando que ele estava ferido.

Vocês já tinham sido vítimas de assalto?
Não, nunca. Mas ele sempre teve medo de sofrer um assalto. Sempre me dizia que o maior receio era que eu estivesse junto e pudesse ser ferida. Torcia para que, se algum dia isso acontecesse, estivesse sozinho. Se preocupava muito comigo.

O Alexsandro sempre foi socorrista?
Sim, foram 20 anos salvando vidas. Era preparado demais como socorrista e condutor de emergência. Salvando sem perguntar se era criminoso ou vítima.

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* Diário Gaúcho


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