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Eduardo Cunha pede celeridade do Senado na apreciação do processo do impeachment de Dilma

"Quanto mais tempo se levar para decidir no Senado, a situação vai piorar", disse o presidente da Câmara após aprovação da admissibilidade

18/04/2016 - 06h55min

Atualizada em: 18/04/2016 - 08h05min


Agência Brasil
Agência Brasil

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu celeridade, por parte do Senado, na apreciação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, que teve a admissibilidade aprovada na noite de domingo pela Câmara. Na avaliação de Cunha, o Brasil estará paralisado a partir desta segunda. Ele disse que pretende levar amanhã, pessoalmente, para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o parecer pela admissibilidade do afastamento de Dilma.

– O desfecho é muito importante, seja o (caso do) Senado aprovar ou não. O que não vai poder permitir é uma incerteza dessas. Quanto mais tempo se levar para decidir no Senado, a situação vai piorar. A máquina vai parar a partir de amanhã. O Brasil vai parar a partir de amanhã. Por isso, é importante que esse processo tenha um desfecho com maior celeridade, qualquer que seja o resultado. Fizemos a nossa parte – disse o peemedebista logo após encerrar a sessão.

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Segundo Cunha, Dilma perdeu as condições de governar e o país chegou ao fundo do poço.

– O país passa por sérias dificuldades, a presidente perdeu as condições de governabilidade já faz tempo, perdeu todo e qualquer escrúpulo nesse feirão que foi feito para tentar comprar votos de toda a maneira e chegou ao fundo do poço. Agora, o Brasil precisa sair do fundo do poço. É preciso que a gente resolva politicamente essa situação o mais rápido possível.

Adversário político de Dilma e opositor ao governo, Cunha disse não estar feliz com o resultado do processo de impeachment na Câmara. Sobre as críticas que foi alvo durante a votação do parecer pelo impeachment no plenário, Cunha disse se tratar de "contestação política".

– Estou apenas fazendo o meu trabalho. Eles achavam que criariam algum constrangimento que impedisse que a votação continuasse porque que eu iria comprar a briga. Meu papel não tem personalidade. O papel do presidente é o presidente, não é o Eduardo Cunha.

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