Polícia



Investigação

PM é preso suspeito de participar de assalto a casa de câmbio na Capital

Ficha do policial é extensa e ele foi considerado incapaz de exercer o serviço, conforme a BM

16/05/2012 - 16h45min

Atualizada em: 16/05/2012 - 16h45min


Um policial militar foi preso nesta quarta-feira por ser suspeito de ter assaltado uma corretora de câmbio, no mês passado, localizada no centro da Capital. Luciano da Rosa da Silva, 35 anos, atuou por oito anos na profissão e há mais de um ano estava afastado do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

Desde fevereiro de 2011 o soldado Silva não trabalha mais no policiamento em Porto Alegre, pois responde internamente a um processo administrativo que tem, entre as acusações, o uso de porte ilegal de arma de uso restrito, a participação em roubo qualificado, extorsão e formação de quadrilha.

Segundo o comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Paulo Stocker, a ficha dele é extensa e ele foi considerado incapaz de exercer o serviço na Brigada Militar, com isso deve ser excluído da função.

Silva foi reconhecido como um dos dois autores, que armados com revólver e pistola, roubaram em 9 de abril em um estabelecimento na Rua dos Andradas. Foram levados R$ 50 mil e alguns pertences das vítimas.

- As câmeras do estabelecimento demonstravam que os autores do crime usavam táticas policiais (pela forma como entraram no ambiente e como portavam as armas) na hora de praticar o assalto. Eles se identificaram como policiais civis, usando uma camiseta com o símbolo - explica o delegado da 17ª Delegacia da Polícia Civil, Hilton Müller Rodrigues.

A partir das características como forma de rosto - já que estavam mascarados - e altura, a polícia fez um levantamento e selecionou os suspeitos. As fotos foram mostradas para as vítimas que reconheceram Silva como um dos autores. Nesta quarta, a polícia recebeu um endereço onde o PM estaria e, em companhia da Brigada Militar, foi até a casa localizada no loteamento Arco-Íris, no bairro Humaitá.

- A casa em que fizemos a prisão é do segundo autor do crime, que também prestou depoimento. Ele confessou que estava no local no mesmo dia e horário do fato, mas justificou que tinha ido lá atrás de uma namorada. No entanto, quatro vítimas estiveram na delegacia e o reconheceram. Existe muita prova robusta para pedir a preventiva dele também, vamos solicitar ao longo da semana - afirma o delegado.

O segundo suspeito, de 27 anos, se identificou como ex-PM temporário por dois anos e teria atuado no mesmo batalhão de Silva. No entanto, o comandante Stocker alega que o registro sobre o trabalho dele na Brigada Militar (BM) não foi localizado.

Na casa onde estavam Silva e o outro suspeito foram encontradas fardas da BM, rádio de comunicação, moedas estrangeiras e uma foto onde o ex-PM temporário está com uma camiseta da polícia civil. Foram feitas buscas em quatro residências por existir a suspeita de ter outras pessoas envolvidas, já existe a comprovação da participação de mais uma pessoa no, que precisa ser identificada, no roubo e há a possibilidade de um quarto criminoso.

Silva nega a participação no roubo e seria encaminhado ainda na noite de hoje ao presídio do Batalhão de Operações Especiais (BOE).


MAIS SOBRE

Últimas Notícias