A placa informando o início dos trabalhos de pavimentação do trecho de terra da Estrada Afonso Lourenço Mariante, na Lomba do Pinheiro, devolveu o ânimo à população que vive no entorno e há anos sonha com o asfaltamento. Os transtornos por causa da poeira, em dias secos, e do barro, em tempo chuvoso, são antigos - a primeira reportagem publicada no Diário Gaúcho sobre o assunto é de 2004.

Mas a alegria durou pouco. Depois de dois meses de obras da rede pluvial, no trecho entre o final do asfalto próximo à Avenida João de Oliveira Remião e a Rua Diógenes S. de Souza, os trabalhos foram interrompidos. Com a beira da estrada tomada de terra e a pista cheia de buracos, os moradores precisam fazer malabarismos para não deslizar no barro.

- Há anos estamos brigando por isso (asfaltamento) - desabafa o aposentado João Carlos Silva Cardoso, 50 anos.

- Antes do asfalto, a rede pluvial

O Dep informa que fez a parte de drenagem nas calçadas. Faltam as travessias pluviais (rede que atravessa de um lado a outro da via). Para fazê-las, é preciso uma licença da EPTC, que só a fornece se o esgoto das casas estiver ligado à rede pluvial. Cada morador deve construir a fossa com filtro, para que os esgotos sejam ligados às travessias.

Conforme o Dep, a Assessoria Comunitária do Dmae teria se comprometido a avisar cada morador.

Só depois disso, o Dep poderá concluir o trabalho. Aí, a obra de pavimentação poderá continuar.

Tráfego agrava o problema

Apesar da sinalização indicar o bloqueio do trecho da Lourenço Mariante, devido à obra, caminhões e outros veículos seguem trafegando por ali. Entre eles estão as carretas que chegam e saem da Estação de Transbordo da Lomba do Pinheiro.

- Tem que suspender o trânsito das carretas para tocarem a obra - afirma João Carlos.

A EPTC informa que é proibido o tráfego de caminhões pela Estrada Afonso Lourenço Mariante. Os veículos devem seguir pela Estrada São Francisco. A EPTC fiscaliza o trecho e promete intensificar a ação.