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Guiñazu: "Não quero nem falar em marcar Oscar"
Em entrevista por e-mail para o Diário Gaúcho, o argentino fala da sua seleção, de Oscar, do Brasil e revela o interesse de Messi sobre a realidade gaúcha
O volante Guiñazu, 32 anos, vive seu momento mágico na carreira. Depois de rodar até pela Rússia, encontrou o norte no Inter e garantiu lugar numa seleção argentina cheia de nomes de peso. Neste sábado, o volante deve ser reserva contra o Brasil, mas espera aflito pelo reencontro com os amigos de Inter - Oscar, Damião, Sandro, Giuliano e Juan.
DG - Como tem sido seus dias na Seleção?
Guiñazu - Maravilhosos. Defender a seleção é sempre o grande sonho da gente que luta em campo. Participar de Eliminatórias e de jogos como contra o Brasil é muito bom. Estou aproveitando e tentando ajudar.
DG - Como é treinar com o melhor do mundo?
Guiñazu - O Messi é um jogador espetacular, para mim já está entre os maiores da história. Mas, além de tudo, muito humilde, respeita todo mundo, conversa com os companheiros de seleção. Ele é espetacular. Teve uma vez que veio falar comigo, perguntar sobre jogar no Brasil, saber do Inter e dos companheiros argentinos que temos no grupo. É um cara muito simples, mesmo tendo conquistado muitas coisas.
DG - Você tem gasto muita energia para marcá-lo nos treinos?
Guiñazu - Às vezes a gente se encontra, mas aí fujo para o outro lado do campo (risos). Ele tem uma qualidade impressionante. Ainda bem que está do nosso lado.
DG - Com quem divide o mate na concentração?
Guiñazu - Desábato, Matías Rodriguez e Clemente Rodriguez são os que mais gostam do meu mate.
DG - Você pode enfrentar atuais companheiros (Oscar e Damião) e velhos amigos, como Sandro, Giuliano e Juan. Como imagina que será o reencontro?
Guiñazu - Será lindo, são todos grandes jogadores, de muita qualidade. Acho que mereceram a convocação e já provaram que podem ajudar seus clubes e o Brasil.
DG - Se você jogar, como será marcar Oscar, que virou o organizador da Seleção Brasileira?
Guiñazu - Não quero nem pensar. Vou falar para outro marcá-lo (risos), porque é muito rápido no drible, tem grande técnica e, pelo que se viu nesses jogos, não sente o peso da camisa da Seleção.
DG - E como será se precisar dar uma chegadinha no Oscar?
Guiñazu - Sempre marquei limpo, na bola, será assim com o Brasil. Espero poder jogar mas não precisar marcá-lo!
DG - Em que estágio você avalia que esteja a Argentina neste momento?
Guiñazu - Acho que o Sabella está encaixando o seu trabalho, e os resultados e atuações aparecem. Ele é um grande treinador e temos jogadores de qualidade excepcional. Acredito que ainda temos o que melhorar, mas vejo boa evolução. E temos um gênio do nosso lado, que é o Messi.
DG - E o Brasil, como você avalia. Assistiram ao jogo contra o México?
Guiñazu - Vi a partida sim. Estão testando muitos jovens, mas que já têm experiência internacional. Fizeram dois grandes jogos, contra Dinamarca e Estados Unidos, e depois tropeçaram contra o México, o que é normal para um time que está se formando. Mas tem grande qualidade e vai brigar para ganhar as Olimpíadas e a Copa do Mundo.