Notícias



Educação no escuro

Escola reduz os turnos por falta de energia elétrica

O quadro geral da luz da Escola Estadual de Ensino Fundamental Tenente Coronel Travassos Alves está queimado há duas semanas

31/08/2012 - 07h08min

Atualizada em: 31/08/2012 - 07h08min


A burocracia - uma das causas do atraso do Brasil no ranking mundial da educação - se manifesta em fatos corriqueiros como o que afeta 460 alunos de um colégio da Capital há duas semanas. A demora no conserto do quadro geral de luz, queimado por uma descarga elétrica no último dia 15, obrigou a direção da Escola Estadual de Ensino Fundamental Tenente Coronel Travassos Alves, no Bairro Partenon, a reduzir o horário das aulas.

No turno da manhã, os alunos entram às 8h e saem às 10h. À tarde, estudam das 13h15min às 15h.

Recuperação aos sábados

A medida deverá mudar o cronograma escolar. De acordo com a diretora Dione Reichelt, os alunos terão de recuperar as aulas nos sábados.

- Os professores estão distribuindo a carga horária para que eles não percam o trimestre - explica.

Estudantes reclamam

Alunos do terceiro ano, Wesley Farias, 11 anos, e Shauirene Rosa de Deus, dez anos, criticam a situação. Ele sente falta das visitas ao laboratório de informática para fazer pesquisas e trabalhos. Já Shauirene reclama da diminuição da transmissão de conteúdo.

- A gente era acostumada a ficar até mais tarde na escola, porque a professora passava mais conteúdo. Agora, isso não está acontecendo - afirma a estudante.

Desafio lançado

O desafio de alcançar um ensino de qualidade é o tema da campanha institucional do Grupo RBS, com o slogan A Educação Precisa de Respostas. Reportagens abordam seis perguntas sobre os principais problemas do ensino no país.

- Saiba mais em www.precisamosderespostas.com.br

Coordenador não sabia de nada

Segundo a diretora, o conserto foi solicitado à 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) no dia 16 de agosto, mas até hoje nada foi feito. Os disjuntores terão de ser trocados e a fiação, substituída.

Ontem, o coordenador da 1ª CRE, Antônio Quevedo Branco, afirmou que ficou sabendo do problema somente na terça-feira, 13 dias depois de a coordenadoria ser informada pela escola. Antônio alega que uma funcionária não teria lhe comunicado:

- Estou averiguando internamente para ver o que ocorreu.

O pedido de conserto emergencial foi encaminhado para a Coordenadoria Geral de Obras da Secretaria Estadual da Educação. Entretanto, não há previsão para o início dos reparos.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias