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Eleições 2012

Candidatos à prefeitura da Capital respondem sobre o sambódromo

Hoje, o leitor confere o que os candidatos à prefeitura da Capital pensam sobre o Sambódromo, alvo de polêmicas desde sua criação

11/09/2012 - 07h54min

Atualizada em: 11/09/2012 - 07h54min


A pergunta é a terceira de uma série de entrevistas, feitas pelos editores do Diário Gaúcho, relacionadas com assuntos que o leitor vive em seu cotidiano.

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Em 2013, teremos o décimo Carnaval com o monta-e-desmonta das arquibancadas no Porto Seco. Neste processo, ao longo dos anos, já foram gastos R$ 16 millhões. O(a) candidato(a) tem algum plano para a conclusão do projeto e aproveitamento do local durante todo o ano?

Jocelin Azambuja (PSL)

Nós precisamos ter seriedade: se vai fazer projeto, faz ele completo. Olha o custo do monta e desmonta para nós todos, cidadãos que produzimos. Em todos os espaços da cidade tem que ter projetos, onde tu possas buscar recursos internacionais, nacionais ou com parcerias público-privadas. Mas tens que ter, em primeiro lugar, o projeto pronto. Nós devemos concluir o Sambódromo. Pelo menos acabar com esta história de monta e desmonta. Vamos projetar para incluir no orçamento do município. E usá-lo também como espaço cultural para todo o ano, com biblioteca, com tudo, né? Não só para usar na época do Carnaval.

José Fortunati (PDT)

Resgatei o projeto arquitetônico de 2002 e submeti-o aos carnavalescos. Já me comprometi, tanto com a Liga quanto com a Associação, de chamá-las para fazer a apresentação. Dividiríamos o projeto em três fases: primeira, arquibancadas mais concentração, segunda, camarotes, a parte central, e terceira, arquibancadas e dispersão. Já temos recurso e, caso aprovado o projeto, vamos licitar uma delas ainda neste segundo semestre. Estamos em discussão com a iniciativa privada para termos no Porto Seco várias atividades: centro de convenções, hotéis. Com os recursos arrecadados, fomentaríamos o Carnaval.

Manuela d'Ávila (PC do B)

Desfilo há dez anos no Complexo Cultural do Porto Seco e sei que, com esses R$ 16 milhões, nós já teríamos não só colocado as arquibancadas fixas como melhorado a estrutura dos camarotes, para ser fonte de recurso para o próprio Carnaval. Compromisso meu: a transformação do Porto Seco num sambódromo mesmo, num espaço em que a população mais pobre, que é quem usa, tenha qualidade durante os 14 dias que usa para o Carnaval. E também temos a ideia da construção de um centro da cultura popular ali, para uso o ano inteiro, dando emprego e renda para aquela região.

Roberto Robaina (Psol)

O que os moradores mais reclamam é que o Porto Seco não tem utilidade. E olha a quantidade de coisas que dá para fazer lá durante o ano, relacionadas com cultura e esporte. A ocupação do Porto Seco o ano inteiro é o projeto, tem que ter atividades culturais. Eu faria com que fosse um lugar que a classe média visitasse, tivesse alguma familiaridade com ele. As coisas são pensadas para ganhar dinheiro, essa é a tragédia. E eu acho que parte disso está relacionado com as terceirizações. Essa coisa que começou lá atrás e virou senso comum, que tem de terceirizar porque o Estado não consegue fazer tanta coisa.

Wambert Di Lorenzo (PSDB)

Nós queremos terminar o Porto Seco e transformá-lo em um espaço de educação. Nós podemos ter ali creches, escolas e espaços culturais para atender à Zona Norte. Tentaremos utilizar os espaços que o poder público já tem para poder maximizar com um mínimo de custo. No primeiro ano de governo, vamos aplicar o conceito do orçamento de base zero, que significa que qualquer projeto que precise entrar no orçamento de 2014 vai ter que explicar por que merece aquela quantia e o que vai fazer com ela. É meu projeto construir, mas vai entrar no planejamento, a partir do orçamento de base zero.

Adão Villaverde (PT)

Não só vou concluir como vou tornar o Porto Seco o grande centro de eventos da Zona Norte, para funcionar o ano inteiro. Vou estimular a cadeia produtiva e cultural que se articula no Carnaval, com cursos de formação e de qualificação profissional. A ideia é trabalhar a Universidade Popular do Carnaval, é uma proposta que apareceu nos nossos diálogos com Porto Alegre. Queremos, a partir de uma relação com o governo federal, trabalhar o turismo do nosso país, articular também com o Ministério da Educação para que possamos qualificar e preparar técnicos e tecnólogos qualificados.

Érico Corrêa (PSTU)

Temos que atender a cultura popular, porque os grandes espetáculos se pagam. Nem tudo que fizeram dá para desfazer, não vais tirar o Carnaval lá da Zona Norte e colocar de novo aqui no Menino Deus. Mas tem que arrumar lá. A cultura está associada à educação, então, tem que ter um espaço que se utilize para espetáculos, ensaios, não só para o Carnaval. Que tu uses durante o ano com oficinas, dança, uma série de coisas que a comunidade do entorno possa utilizar. A obra tem que ser finalizada, e os recursos existem, basta parar de financiar grandes espetáculos e usar o dinheiro para aquilo que é do povo.

Confira a programação dos assuntos abordados:

* Sábado e domingo - Saúde

* Segunda - Cultura

* Terça - Sambódromo

* Quarta - Segurança

* Quinta - Esgoto

* Sexta - Habitação

* Sábado e domingo - Transporte

 

Produção: Cáren Cecília Baldo

Entrevistas: Claiton Magalhães, Felipe Bortolanza, Flávia Requião, Leonardo Oliveira, Luciane Bemfica, Luiz Carlos Domingues, Marcia Simões, Renato Dornelles, Rozanne Adamy

Fotos: Mateus Bruxel

Projeto gráfico: Flávia Kampff

Arte: Alexandre Oliveira


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