Eleições 2012
Candidatos à prefeitura da Capital respondem sobre segurança
O Diário Gaúcho apresenta a quarta entrevista, de uma série de sete, com os candidatos à prefeitura da Capital
O leitor vai avaliar, a partir de perguntas feitas pelos editores do jornal, quais as ideias dos políticos. Hoje, vamos saber quais os planos deles para garantir a segurança de quem vive em Porto Alegre.
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Falta de iluminação nas ruas, depredação e escuridão em praças públicas e escolas vítimas de vandalismo. Mesmo a segurança pública sendo atribuição do Estado, a prefeitura pode agir para diminuir o problema. O que o(a) senhor(a) pretende fazer nesta área?
José Fortunati (PDT)
Tenho dialogado com o Estado sobre o número de brigadianos. Deveríamos ter, pelo cálculo da Secretaria de Segurança, 5 mil, e temos pouco mais de 2,6 mil. Iluminação pública: substituímos os 80,5 mil pontos de luz. Mas tem depredação. Praças: temos 609, 250 estão iluminadas. Vamos ter câmeras de vigilância em todas as escolas públicas e fazer o cercamento eletrônico da Redenção e do Marinha, com câmeras colocadas em pontos estratégicos. Estamos construindo um Centro Integrado de Comando, 18 secretarias lá, 24 horas por dia, com uma sala da crise para gerenciar enchentes, incêndios.
Manuela d'Ávila (PC do B)
O orçamento é a primeira delas, ter uma secretaria que não invista só 0,6% em segurança. É tirar da publicidade, tirar dos CCs, realocar recursos para essa política. Nas escolas, temos a ideia de um guarda municipal fazendo policiamento no quarteirão da escola, acionado pela diretora. Também ocupar os vazios urbanos. Praças e parques iluminados, com academia da terceira idade e brinquedos para crianças. Outra questão é a tecnologia, com o cercamento eletrônico dos parques, parceria com a Brigada Militar e a central de monitoramento de câmeras.
Roberto Robaina (Psol)
Primeiro, é cobrar o governo do Estado. É o dado oficial: em Porto Alegre, faltam 2,5 mil policiais militares. Então, essa é a primeira medida. Tem que ter repressão, tem que ter polícia militar. Só a Guarda Municipal não resolve. E, como tem esse déficit de PMs, o Estado tem que suprir, é obrigação. Primeira coisa. A segunda é definitivamente fazer a articulação entre a Guarda Municipal e as escolas, porque as escolas necessitam de guardas, assim como de assistência social. Professor não é policial e não é assistente social. Hoje, o professor tem que cuidar da segurança, da assistência social e da educação.
Wambert Di Lorenzo (PSDB)
A questão da depredação, por exemplo, se resolve com a Guarda Municipal. Eu sou a favor do cercamento dos parques. Vamos cercar os parques, vamos proteger o que é de todo mundo. Por que eu tenho que deixar aberto para os marginais usarem? E vamos ter Guarda Municipal armada, mas é guarda patrimonial, não é polícia. Outra coisa que nós vamos usar são as armas de baixo poder de agressividade, que são aquelas armas de imobilização. Uma outra questão - esta, obrigação da prefeitura - é iluminar a cidade. A luz inibe o marginal e dá tranquilidade ao cidadão.
Adão Villaverde (PT)
É possível enfrentar a violência com políticas preventivas, a partir das políticas sociais. A ideia é que o prefeito seja o coordenador das ações de prevenção. Nas escolas, nós vamos ter ronda escolar, com a Guarda Municipal. Usar todos os instrumentos de tecnologia que a gente tem, vídeo e audiomonitoramento. Queremos Porto Alegre viva de dia e de noite. Nós não vamos gradear parque. Nós achamos que gradeamento é recuo. Aí, você perdeu a disputa. Nós vamos iluminar, ter videomonitoramento, mas o parque tem que ser um espaço público aberto, democrático, de lazer, seguro.
Érico Corrêa (PSTU)
Todos os candidatos estão dizendo que a segurança é compromisso também do município. Estão 50% certos. A responsabilidade é do Estado, tem que se cobrar dele. Mas todos governam juntos, o Estado e o país, então não cobram com a veemência necessária. A tarefa do município deve ser cumprida à risca: iluminação pública nos bairros, é comprovado que diminui o crime. E conservação e manutenção. A gente não vê a Guarda Municipal. Ela tinha que estar circulando, nas praças e parques, na Redenção, estar na porta das escolas, porque as escolas municipais estão localizadas nas zonas mais pobres.
Jocelin Azambuja (PSL)
A segurança é problema da Brigada, do Estado? Não, não. É meu o problema. Eu sou o prefeito da cidade. Se nós temos só 2,5 mil homens nas ruas de Porto Alegre, onde está a Brigada? Por que o vandalismo? Por que não tem policiamento nas ruas. Não tem policiamento ostensivo. Nós temos que ter paradas iluminadas, com propaganda, com câmeras para focar e ver o que está acontecendo. Eu vou ter um gabinete de inteligência, ligado à Brigada, à Polícia Civil, à Polícia Federal, e eu vou comandar a segurança da cidade.
Confira a programação dos assuntos abordados:
* Sábado e domingo - Saúde
* Segunda - Cultura
* Terça - Sambódromo
* Quarta - Segurança
* Quinta - Esgoto
* Sexta - Habitação
* Sábado e domingo - Transporte
Produção: Cáren Cecília Baldo
Entrevistas: Claiton Magalhães, Felipe Bortolanza, Flávia Requião, Leonardo Oliveira, Luciane Bemfica, Luiz Carlos Domingues, Marcia Simões, Renato Dornelles, Rozanne Adamy
Fotos: Mateus Bruxel
Projeto gráfico: Flávia Kampff
Arte: Alexandre Oliveira