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Boom na carreira

Gaby Amarantos é um love!

Se tem alguém com motivos de sobra para celebrar o ano que está chegando ao fim, é Gaby Amarantos

08/12/2012 - 12h25min

Atualizada em: 08/12/2012 - 12h25min


Sem dúvida, 2012 foi o ano da cantora e compositora de Belém do Pará, que estourou com a música Ex Mai Love, emplacando a canção na abertura da novela Cheias de Charme. Impulsionada pela Globo, a estrela do tecnobrega foi a vencedora do Prêmio Multishow na categoria novo hit, faturou três dos quatro troféus a que foi indicada no VMB - artista do ano, melhor artista feminino e melhor capa - e recebeu uma indicação ao Grammy Latino como revelação. Inicialmente conhecida como a Beyoncé do Pará e a Lady Gaga do Brasil, Gaby construiu a sua identidade. Em novembro, foi aclamada pelo público durante a sua participação na gravação do DVD do cantor Pablo, em Salvador, na Bahia. Diário Gaúcho estava lá e falou com a diva.

Diário Gaúcho - Ser reconhecida em premiações é uma realização pessoal também?

Gaby Amarantos - É um sonho de muitos anos, de luta! Ver as pessoas reconhecendo o meu trabalho, interessadas na minha música, torcendo pelos prêmios, querendo saber quais serão os próximos clipe, DVD, isto é bom demais!

Diário - Você chegou a participar de Cheias de Charme. A novela fez toda a diferença neste processo?

Gaby - Sem dúvida! A novela foi um marco. Ex Mai Love é um divisor de águas na minha carreira. Agora, é Ela Tá Beba Doida, que está em Salve Jorge e na casa do povo brasileiro. É muito bacana ver essa música da periferia chegando na tevê, sendo abraçada com o carinho que merece.

Diário - Sente-se responsável pela retomada do brega e pela adesão dos jovens ao ritmo?

Gaby - Eu contribuí. É uma luta que já vem de muitos anos, desde Reginaldo Rossi, Odair José, o próprio Roberto Carlos, que teve a fase brega romântica. Trouxe isto repaginado, com um conceito paraense, com batidas eletrônicas e uma identidade visual muito forte. E as pessoas estão gostando. Essa coisa da Beyoncé do Pará, da Lady Gaga do Brasil, na verdade, é uma carência, porque as pessoas também querem ter artistas assim aqui.

Diário - O seu figurino é um show à parte. Quem cuida das suas roupas?

Gaby - Sempre eu cuidei do meu visual. Desde garotinha, gostava de ser diferente, queria ter a bota mais diferente, o cabelo diferente. Via a Xuxa na tevê e queria aqueles figurinos. Minha inspiração vem desde Ney Matogrosso a Boy George, Tina Turner, Madonna, Doces Bárbaros... É tanta gente incrível! Eu ficava fascinada com os figurinos deles e queria me vestir assim. Hoje, tenho uma equipe que organiza tudo, mas a palavra final é minha. Visto roupas de estilistas famosos e de gente que está começando, que estuda moda e manda pra mim.

Diário - Tem planos de lançar uma grife?

Gaby - A mulher brasileira está ficando cada vez mais exuberante e me questiona sobre lançar uma linha de esmalte, de maquiagem com cores bem ao meu estilo. Ter uma linha minha é algo que me agradaria muito, mas, hoje, não tenho tempo. Quem sabe, mais pra frente?

Diário - Você emagreceu...

Gaby - Sim, por causa de um problema de saúde, refluxo, já perdi uns 7kg. O médico ainda quer que eu perca mais 7kg. Tive um problema na voz por conta disso, mas, graças a Deus, estou completamente recuperada. Ainda sinto um pouco de dores e só posso tomar canja e comer milho. Estou passando por uma dieta rigorosíssima. Mas por mais que eu perca peso, sempre vou ter pernão, bundão, peitão. Sempre vou ser grande e exuberante, porque o meu biótipo é assim. Sempre vou ser gostosa, o padrão brasileiro (risos).

Diário - Acredita que, com o seu estilo, contribuiu para quebrar o padrão de magreza e incentivar a mulherada a assumir as suas curvas?

Gaby - Não adianta querer ser magra se você nunca vai ser, assim como tem mulher magérrima que não vai engordar, porque a sua estrutura física é assim. Procuro passar a mensagem de que é importante se valorizar e ressaltar o que você tem de bonito. Eu era muito deprimida e bulímica, quando comecei a pensar no que eu tinha de bom. Gostava do meu colo e passei a mostrá-lo mais. Já as pernas, não gostava tanto, então, tratava de escondê-las. E assim você vai se valorizando. É um exercício para se sentir mais bonita, e o mundo vai te achar mais bela também!

Diário - Você estrela a campanha da loja C&A. Gostou de ser modelo?

Gaby - Fiz a campanha de Natal e de final de ano da loja. Foi muito divertido, uma delícia! A coleção é muito colorida, cheia de brilho, exuberante, tem tudo a ver comigo, por isso, acho que me convidaram (risos). Fiquei muito feliz com esta experiência, porque foi muito bonito e especial, por mostrar para todo mundo que uma mulher gostosa também pode ser referência de moda.

Vida e obra

Gaby, que canta desde os 15 anos, é de família de sambistas e começou a ficar conhecida na Região Norte ao integrar a banda Tecno Show, em 2002. O grupo misturou sons bregas e batidas eletrônicas, lançando dois CDs e um DVD. Em 2009, Gaby saiu da banda, quando engravidou de Davi.

O estouro em voo solo aconteceu em 2010: no Domingão do Faustão, lançou a música Hoje Eu Tô Solteira, sendo chamada por Faustão de Beyoncé do Pará. Em 2011, veio o sucesso Xirley.

Neste ano, lançou o primeiro CD solo: Treme (preço médio de R$ 14), produzido por Carlos Eduardo Miranda, que já trabalhou com Raimundos e Skank. Com participações de Fernanda Takai, do Pato Fu, Maderito e Dona Onete, músicos tradicionais do Pará, Treme tem 14 faixas, como os sucessos Ex Mai Love e Xirley.


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