Polícia



Homicídios

Enfim, novas DPs em ação

Prometidas para o ano passado, as quatro especializadas em assassinatos foram inauguradas na Capital. As duas delegacias que já existiam vão investigar casos antigos

08/01/2013 - 07h23min

Atualizada em: 08/01/2013 - 07h23min


Uma semana após a publicação de decreto no Diário Oficial do Estado, as novas delegacias de homicídios na Capital já têm quatro casos sob investigação em 2013. Projetadas desde 2011, elas foram criadas para tornar mais rápida a solução dos homicídios. Em 2012, a Capital teve aumento de cerca de 13% no número de homicídios em relação ao ano anterior, aponta o levantamento do Diário Gaúcho.


Em junho de 2012, a Secretaria de Segurança anunciou que as DPs entrariam em funcionamento até outubro. Depois, o prazo foi postergado para novembro. Quando a contagem feita pelo Diário chegou a mil casos, em 19 de novembro, o chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Junior, prometeu: até o fim daquele mês. A promessa não foi cumprida. No início de dezembro, novo anúncio era de que elas funcionariam até o final do ano.


Ubiratan, o primeiro caso


Com a publicação do decreto que criou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPPs), no dia 31 de dezembro, as DPs foram autorizadas a funcionar. Os trabalhos iniciaram na noite de 2 de janeiro. O departamento também recebeu as antigas 1ª e 2ª Delegacias de Homicídios, que pertenciam ao Deic. Elas passaram a ser a 5ª e 6ª DHPP e ficarão responsáveis por investigar os casos antigos.


O primeiro trabalho das novas especializadas coube à 4ª DHPP. O corpo de Ubiratan Santos Viana Rosa, o Ratão, 26 anos, foi achado no Beco do Tio Tejo, no Bairro Nonoai, na manhã do dia 3. A suspeita do delegado Gabriel Bicca é de que ele seja vítima de tiroteio da noite anterior. Duas gangues teriam se confrontado no meio da rua.


- Por enquanto, sabemos que foram diversos calibres, provavelmente de pistola - explicou o delegado titular da 4ª DHPP.


Agora, os policiais civis da especializada terão a missão de descobrir quem matou Ubiratan e o porquê.


Relembre


- O que: inaugurar quatro DHPPs em Porto Alegre


- Quando: até o final de novembro de 2012


- Quem prometeu: chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Júnior


Promessa feita em 19/11/12 

CUMPRIDA EM 2/1/13: 43 DIAS DE ATRASO


Investigações iniciais


Além da morte de Ubiratan, as novas especializadas têm três casos.


Desde sexta, agentes da 4ª DHPP investigam o assassinato de Marcos Moraes Zambrano, o Nê, 28 anos. O auxiliar de serviços gerais foi morto em uma parada de ônibus na Avenida Cruzeiro do Sul, Bairro Santa Teresa.


O homicídio de Lucas Gabriel Ocácio, 23 anos, foi o primeiro registrado na 1ª DHPP, no sábado. Baleado no Bairro Bom Jesus, ele foi levado ao Hospital São Lucas, onde morreu.


Já a 2ª DHPP atendeu, também no sábado, ao encontro de um cadáver no Bairro Floresta. A vítima, Josiane Soares de Oliveira, 23 anos, foi morta a pauladas em um terreno baldio da Rua São Carlos.


Como funcionarão


- As quatro novas especializadas em homicídios funcionarão nos prédios onde antes estavam a 5ª DP (Glória), a 12ª DP (Sarandi), a 23ª DP (Partenon) e a 24ª DP (Anchieta).


- Os casos que eram investigados por essas delegacias serão concluídas por elas. As novas ocorrências serão destinadas a outras distritais.


- Com as novas delegacias, ficarão apenas investigações de crimes contra a vida: homicídios e tentativas, suicídios, abortos e infanticídio.


- Em cada DHPP trabalharão 20 policiais civis e um delegado. Cada uma terá, em média, seis equipes de investigação.


- Cada DHPP terá seu plantão para atender locais de crime da sua região.


- Por enquanto, os plantões destas delegacias seguem registrando ocorrências de outros crimes, mas estes casos serão encaminhados às distritais da região.


- Os assassinatos, tentativas e desaparecimentos ocorridos até a noite do dia 2 seguem sendo investigados pelas antigas 1ª e 2ª Delegacias de Homicídios e Desaparecidos, agora chamadas 5ª e 6ª DHPPs. Ficam no Palácio da Polícia (Avenida Ipiranga com a Avenida João Pessoa, Bairro Santana), e investigarão os casos registrados antes das 20h de 2 de janeiro. Os delegados Luciano Peringer e Arthur Raldi seguem nos cargos.


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