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Triste recepção

Em obras, escola de Viamão tem volta às aulas ameaçada

Situação de colégio no Bairro São Tomé faz jus ao nome: só vendo para crer. Escola de Viamão corre até risco de nem dar a largada no ano letivo em função de obras

22/02/2013 - 07h13min

Atualizada em: 22/02/2013 - 07h13min


Goteiras, paredes úmidas, parte do forro e do telhado abertos, fiação comprometida. Esse é o cenário que os 1,4 mil alunos da Escola Estadual Barão de Lucena, Bairro São Tomé, em Viamão, encontrarão na volta às aulas, prevista para a quarta-feira que vem. Mas o retorno aos estudos ainda não está garantido porque ainda não começou a obra emergencial necessária para recuperar os prejuízos causados por um temporal ocorrido em dezembro.


- Queremos uma autorização por escrito para garantir que não há risco aos alunos. Se não nos derem um parecer, não vamos começar as aulas - afirma a vice-diretora, Mônica Oliveira.


No dia 11 de dezembro de 2012, um temporal provocou a queda de uma árvore, que danificou parte do teto e a fiação elétrica.


- Eles (os alunos) adoram ver a escola pintada, cuidada. Mas agora temos lonas, goteiras, buracos. Isso espanta o aluno - observa a diretora, Leila Rossi Borges.


Paliativos: lonas e baldes


Em 28 anos de escola, Leila nunca tinha visto problema igual. Na chegada ao trabalho, no dia 12 de dezembro, ela encontrou um matagal cobrindo a entrada. O saldo foram cinco salas de aula, banheiros e salas administrativas com infiltrações, além de parte da fiação exposta, luminárias queimadas e armários danificados.


De acordo com a diretora, a 28ª Coordenadoria Regional de Educação foi acionada e vem auxiliando a escola. Um engenheiro da Secretaria de Obras Públicas esteve no local para fazer vistoria.


- O engenheiro veio para iniciar o processo, fizemos mil ligações, mais de dois meses de espera e nada - lamenta Leila.


Como paliativo, a direção providenciou lonas para tapar as clareiras abertas pelas telhas quebradas, colocou baldes nas goteiras e arredou móveis.


Ordem será assinada


O diretor administrativo da Secretaria Estadual da Educação, Claudio Sommacal, afirma que, no dia 21 de dezembro, foi feita a vistoria: detectou problemas no forro, cobertura, paredes e instalações elétricas da escola.


O projeto chegou à Seduc no dia 14 de janeiro. Embora com selo de obra emergencial, há prazo de execução de 180 dias, mas deve ser finalizada dentro de 60 dias. O custo será de R$ 396 mil.


Indefinição no calendário


Em relação ao início do ano letivo, Claudio Sommacal afirma que a direção e a 28ª Cre definirão qual será a melhor alternativa. Entre as opções está acomodar os alunos em espaços que não foram prejudicados pelo temporal, ou verificar se outra escola poderia atendê-los durante as obras.


Está prevista para hoje uma visita à escola. Rose Mary de Freitas da Silva, titular da 28ª Cre, admite que existe a possibilidade de retardar a volta às aulas em, pelo menos, uma semana.


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