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Verão DG

Fique de olho nas crianças na beira da praia

Sem o senso de orientação dos adultos, crianças costumam, às lágrimas, ser presença frequente nas guaritas dos salva-vidas do Litoral Norte

20/02/2013 - 07h22min

Atualizada em: 20/02/2013 - 07h22min


Férias, sol, praia, banho de mar - tudo isso parece pura diversão. Ainda mais para os pequenos. Eles entram na água, curtem o mar por alguns minutos e, na hora de sair... Onde estão papai e mamãe?


"Mar leva para um dos lados"


Elas tentam encontrar os pais ao sair do mar e, em boa parte das vezes, não conseguem. O segundo sargento Manoel Antônio Euzébio Júnior, 32 anos, salva-vidas responsável pela guarita 136, em Imbé, alerta:


- O mar leva para um dos lados e, ao voltar para a areia, os que têm até dez anos passam dificuldade para descobrir a família no meio da multidão. É algo muito comum, ainda mais em dias de grande movimento na praia.


Salva-vidas prestam auxílio


O contrário também ocorre: pais desesperados buscam os salva-vidas para dizer que perderam seus filhos à beira-mar.


Equivocada, a maioria chega dizendo que o filho sumiu na água. Experiente, Euzébio diz que é muito difícil não perceber que alguém está se afogando e que, possivelmente, o filho está mesmo perdido na areia.


Valentina conta sua experiência


Para evitar o problema, Vandressa Pretto, 30 anos, de Porto Alegre, mãe de Leonardo, três anos, conta com a ajuda de toda a família. Quem vai para a beira da praia - no domingo passado, estavam entre cinco pessoas em Imbé - se reveza para cuidar do pequeno.


A irmã mais velha, Valentina, 13 anos, costuma entrar no mar com o guri. Mas ela mesma confessa que é comum se perder dos pais.


- Quando saio do mar, isso acontece praticamente todas as vezes comigo. Mas eu mantenho a calma e procuro meus pais até encontrar - conta Valentina.


Pulseirinha salvadora


A Comunicação Social da Brigada Militar e os salva-vidas distribuem pulseiras de identificação para as crianças nas praias do Litoral Norte.


O objetivo é facilitar o encontro de pequenos desgarrados com os seus pais ou responsáveis. Ao colocar a pulseira, é preciso preencher o nome da criança e um número de telefone do responsável.


Se você não conseguiu uma dessas, faça em casa a identificação do seu filho. Serve até como atividade lúdica. Você pode usar um material que não deixe apagar a tinta, caso a criança se molhe, como plástico.


Fique ligado!


- Pais e familiares não devem tirar os olhos de crianças que estão no mar, pois elas não têm o mesmo senso de orientação dos adultos, ou seja, se perdem mais fácil.


- Quando uma criança perdida é acolhida por um salva-vidas, ele hasteia uma bandeira azul na guarita para avisar sobre a localização. Ela fica junto à bandeira que indica as condições do mar.


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