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Páscoa

Expectativa pelo Coelhinho

Para ver de perto a alegria de quem ainda acredita no personagem lúdico da Páscoa, o Diário Gaúcho visitou duas escolas municipais de educação infantil da Capital

30/03/2013 - 08h06min

Atualizada em: 30/03/2013 - 08h06min


Os adultos vão viajar no tempo e reportar-se à época em que acordavam cedo no domingo para procurar as cestinhas cheias de ovos de açúcar, pães de mel em formato de coelho, bombons e outras guloseimas.

Vão lembrar da expectativa pela visita do Coelhinho, do receio e da fantasia que acompanhava a espera. É essa nostalgia que os move a alimentar a imaginação dos pequenos, que sempre associarão o bichinho de olhos vermelhos e pele branquinha com as melhores recordações da infância.

Cupcakes de cenoura

De touca na cabeça, uma turma de alunos do maternal da Escola Municipal de Educação Infantil do Jardim Salomoni, na Vila Nova, se reuniu no refeitório para colocar a mão na massa. O cardápio? Um bolinho feito com o alimento preferido do Coelho da Páscoa: cenoura!

- Aderimos à alimentação saudável, por isso estamos dissociando a Páscoa da guloseima - explicou a diretora Simone Volkmer Drafta.

A cada ovo que a professora Edite Pereira acrescentava à receita do bolo, a turminha ajudava a contar: um, dois, três, quatro...

- Uau! Eu vou comer tudo sozinho! - brincou Luan Rabelo, três anos.

Com os ingredientes misturados, era hora de ajudar a bater a massa. Alanna Machado, três anos, mexeu com vontade. O coleguinha Cassiano da Silva, três anos, chegou a subir na mesa para ver de perto o bolo tomando forma. Todo mundo ajudou um pouquinho. Antes de colocar a massa nas forminhas e levar ao forno, a turma ganhou um aperitivo:

- É docinho! - disse Cassiano.

Uma visita especial

Na semana da Páscoa, os alunos da Jardim Salomoni receberam uma visita especial: a coelhinha Brigite! A gaiola do animal passou pelas salas de aula.

- Sabe por que ela é tão grande? Porque tem filhotinho na barriga dela - explicou Gabriel Silveira, três anos.

A fofura da coelha cinza encantou os pequenos, mas ficou em segundo plano quando ela resolveu aprontar:

- Eca! A Brigite fez xixi! - gritou Cassiano.

Alanna fez questão de explicar:

- Não é essa coelha que traz os ovinhos da Páscoa porque ela não tem braços, é outro coelho - disse.

No pátio enfeitado com coelhos e ovos pintados nas aulas, outra coelhinha prendeu a atenção das crianças. Diferente da Brigite, a coelha Lulu não só falou, como cantou e dançou.

- Sabem que sou eu, mas interagem, fantasiam, é muito legal! - disse a monitora Maria de Lourdes Silveira da Rosa, ainda fantasiada.

Histórias no pátio

O clima da Páscoa também tomou conta da Escola Municipal de Educação Infantil Protásio Alves, no Jardim Itu-Sabará. Além da feirinha com quitutes preparados pelos alunos, pais e funcionários, os trabalhos da criançada com a carinha pintada de coelho mostraram toda a expectativa pela Páscoa.

- Eles pintaram ovinhos, fizeram bolachas de mel. É o resgate de uma Páscoa mais antiga, quando se fazia as coisas em casa - contou a professora Jaqueline Farias.

No pátio, uma turma ouviu a história de Vivinho, um coelho que não queria trabalhar na Páscoa.

De orelhas compridas, Laura Teixeira Pesenti, quatro anos, avisou:

- Eu sou a ajudante do Coelhinho!

Um colinho para Buba

Numa rodinha, outra turma do jardim se revezou para dar colinho a Buba, um coelho da raça Fuzzy Lop, trazido por um aluno da escola.

- Ele não é pesado, é mansinho. Mas não pode gritar para ele não ficar estressado - explicou Kayla Maria Vitória Silva de Proença, cinco anos.

Com todo o cuidado, Gabriela Maciel Gomes, cinco anos, também pegou o coelho no colo, enquanto as coleguinhas arriscavam um carinho.

- Ele mora numa toca, né? - questionou Gabriela.


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