Dupla Gre-Nal



Caldeirão Arena

Grêmio recebe o Caracas na Arena

O Tricolor enfrenta o Caracas, às 21h30min,com a missão de assumir a liderança do Grupo 8, em que nenhum mandante venceu nos cinco jogos disputados até agora

05/03/2013 - 08h32min

Atualizada em: 05/03/2013 - 08h32min


A ordem é fazer da Arena um caldeirão. Esse é o dever de casa proposto pelo professor Vanderlei Luxemburgo para hoje. Às 21h30min, o Grêmio recebe o Caracas/Ven, pela terceira rodada da Libertadores.


Não se trata de missão fácil. Afinal, há uma maldição na chave do Grêmio. Ninguém, em cinco jogos, venceu como mandante até agora. Foi assim, por exemplo, na primeira rodada, quando o Huachipato/Chi veio a Porto Alegre, ganhou por 2 a 1 e carimbou a primeira derrota gremista na Arena. 


- Temos que vencer dentro de casa e terminar com essa sina. Não pode ser a Arena o nosso adversário - destacou Werley.


Se o Grêmio cumprir a tarefa desta noite, ultrapassa o Fluminense e assume a liderança do Grupo 8.


- Os adversários têm que ter medo de jogar aqui, saber que aqui é difícil. Quero estabelecer a Arena como casa do Grêmio hoje - pediu Vanderlei Luxemburgo.


Pirata quer meter medo


Referência do time, o atacante Barcos também decorou o discurso do vestiário:


- É o nosso estádio. Temos que fazer os outros times respeitarem. Não podem fazer o que querem aqui.


A inspiração vem da goleada de 3 a 0 no Fluminense, quando o Grêmio mostrou futebol consistente.


- Aquela atuação tem que ser o nosso DNA, tivemos espírito da Libertadores naquela noite - ressaltou Werley. 


Até agora invicta nos dois jogos em que foi usada (Veranópolis e Fluminense), a dupla de zaga Werley e Cris será aliada no dever de casa. Que é transformar a Arena em caldeirão.


Adversário aposta na velocidade


O técnico Ceferino Bencomo comandou treino fechado ontem pela manhã, no CT do Parque Gigante. À noite, os venezuelanos foram conhecer o gramado da Arena. O Caracas teme o meio-campo com Zé Roberto e Elano.


- O Grêmio gosta de jogar com a bola no chão. Temos que aproveitar a nossa velocidade e intensidade para se impor em campo - avaliou o auxiliar Johnny Ferreira, em entrevista ao site oficial do clube.


Dia do Grêmio


TREINO - O clima foi de descontração no treino de ontem, no Olímpico. Os jogadores disputaram recreativo, que teve golaço de Pará, em chute de longe. Na comemoração, o lateral foi perseguido e derrubado por Cris e André Santos. Zé Roberto ficou fez apenas trabalho regenerativo no vestiário, mas não preocupa. Ao final, Elano, Fernando, Vargas, Barcos e André Santos treinaram faltas.


KLEBER - Não será nesta noite a volta do Gladiador. Em conversa com Vanderlei Luxemburgo, ontem, o atacante relatou dificuldades de movimentação, resquício da cirurgia no tornozelo. O retorno do atacante é esperado para a próxima terça-feira, contra o Caracas na Venezuela. Moreno, por critérios técnicos, também fica de fora hoje.


VISTORIA - O resultado da vistoria da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) realizada ontem na Arena só sairá hoje pela manhã, cerca de dez horas antes do jogo contra o Caracas. A tendência é de aprovação dos 21 pontos que necessitavam passar por ajustes, de acordo com o termo de ajustamento assinado na quinta-feira entre o clube, o prefeitura, o Ministério Público e a construtora OAS.





O venezuelano quase gaúcho do Caracas


Jordan Ladera Delgado, 27 anos, vai descontentar a mulher e a família dela, toda de gremistas. Mas não há outra saída. Jordan é venezuelano e fanático pelo Caracas. Na noite de hoje, tomará o caminho da Arena. Se instalará no setor dos visitantes justo na Porto Alegre que adotou como sua cidade.


Há dois anos na Capital, atraído pelo coração da gaúcha Daniela Mittelstadt, 26 anos, Jordan até simpatizou com o Grêmio. Costuma ir aos jogos com os Mittelstadt. Mas nesta noite, garante, vestirá o vermelho do Caracas. Reviverá o tempo em que assistia aos jogos do time em meio à Diablos Rojos, a organizada do clube que faz barulho e é famosa por acender na arquibancada aerossóis inflamáveis com isqueiros, simulando lança-chamas.


Jordan já programou. Sairá às pressas da Puc, onde estuda Engenharia Mecânica, e se juntará aos poucos venezuelanos que vieram de Caracas para apoiar o time. Todos fanáticos como ele. 


País do beisebol adotou o futebol


O clube é um dos exemplos do sucesso do futebol no país de Hugo Chávez. O esporte ganhou força nos anos 2000. O próprio Jordan começou a frequentar o Estádio Universitário, casa do Caracas, em 2001. Sempre gostou de futebol, apesar da dificuldade de encontrar parceiros para jogar na infância - lá, o esporte da gurizada era o beisebol. Isso começou a mudar, com mais velocidade depois da Copa América de 2007.


Orgulho com os jogadores locais


Sobre o Caracas, Jordan valoriza o fato de o time ter só dois estrangeiros (o lateral brasileiro Amaral e o atacante uruguaio Rino Lucas). Bem diferente daquele eliminado pelo Grêmio nas quartas de final de 2009, a melhor das 14 Libertadores do clube. Resultado do trabalho na base. 


- Temos bons jogadores e um time agressivo. Empate na Arena seria ótimo. Decidiríamos em casa, diante da nossa torcida, que é muito forte - avisa Jordan.


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