Arena Farroupilha
Tricolor joga a primeira partida do Gauchão na Arena
Grêmio faz neste sábado, às 18h30min, contra o Lajeadense, primeiro jogo pelo Gauchão na Arena. Será um teste para o estádio em partidas de menor porte
Tietar um dos estádios mais modernos da América Latina está na conta do jogo deste sábado, contra o Lajeadense, na abertura da Taça Farroupilha. Afinal, o time vem do Vale do Taquari para ser o primeiro brasileiro a encarar o Grêmio na Arena, que já recebeu Hamburgo, LDU, Huachipato, Caracas e os amigos de Ronaldo e Zidane. Só que um mandamento é consenso: o deslumbramento acaba quando a bola rolar.
O discurso já parte do gerente de futebol do Lajeadense, Luis Fernando Hannecker. A ordem é ver seu clube fazer história no novo estádio.
Cria do Olímpico, onde viveu 11 anos da sua trajetória no futebol, o goleiro Eduardo Martini, 34 anos, não esconde a curiosidade em conhecer o novo estádio gremista.
- Não conhecemos pessoalmente, só pela tevê. Realmente, é muito bonito. Mas depois que a bola rolar, não vamos mais olhar para os lados - destacou o camisa 1, que vai levar o filho João, de oito anos, o pai e a afilhada ao jogo:
- No último jogo do Olímpico, que acabou não sendo o último (Gre-Nal do dia 2 de dezembro), levei o meu filho. Uma parte da minha vida está no Olímpico. Agora, ele vai conhecer a Arena.
Espetáculo para toda família
Novato na equipe, o volante Moisés, 18 anos e 1,80m, uma das promessas do clube, nunca atuou em estádios desse porte, a não ser no Olímpico. Mas isso foi quando nem era profissional:
- A expectativa é grande. Pretendemos fazer um bom jogo, para ficar marcado em nós e na história do Grêmio também. Vou levar meus pais e tirar muitas fotos, com certeza.
O zagueiro Gabriel, 24 anos e 1,91m, porém, mantém a seriedade dos xerifões do futebol gaúcho. Segue à risca o discurso do vestiário, de que não virá para fazer turismo. Gabriel avisa, sem sorrisos:
- Estamos indo para jogar, não para ficar deslumbrados.
Toque da Mari
Funcionários substituíram, sexta-feira, as cerca de 20 cadeiras danificadas pela torcida no 4 a 1 sobre o Caracas. Aproximadamente dez funcionários de empresas terceirizadas arrumaram os assentos. Portanto, por mais que você esteja revoltado com a interdição da Geral, reflita antes de vandalizar o patrimônio do clube. Isso só prejudica o próprio Grêmio.
Olho no Inimigo
O Lajeadense é o único invicto do Gauchão 2013. Caiu na Taça Piratini nos pênaltis, para o Esportivo. O clube também não perde para o Grêmio desde a volta à elite, em 2011. E sempre jogando em Porto Alegre. Em 2011, pela primeira rodada, no Olímpico, foi empate em 2 a 2. Em 2012, venceu por 2 a 0. O Lajeadense também não perdeu ainda para o Inter neste retorno. Para este sábado, o técnico Flávio Campos não terá o volante Ramon, suspenso. Ele será substituído por Moisés.
Um Gladiador como reserva
O treino de sexta-feira confirmou força máxima para este sábado. Apenas Zé Roberto foi ausência. O meia aproveitou a folga de quinta-feira para comparecer a uma audiência judicial em São Paulo. Mas estará em campo. O atacante Kleber será a novidade no banco. Recuperado de fratura numa costela, fez, de cabeça, o único gol do treino na Arena.
A estreia de Fábio Aurélio foi adiada de novo. Na sexta-feira, o jogador, com dores musculares, ficou de fora do trabalho.
Repasse antecipado
O Grêmio solicitou à empresa Arena Porto-Alegrense, gestora do novo estádio, um adiantamento de R$ 10 milhões, valor que foi repassado ao clube no início do ano.
De acordo com o contrato firmado entre as duas partes, a Arena Porto-Alegrense tem que pagar ao clube, ao final de cada ano, R$ 8 milhões fixos. A cada semestre, o Grêmio recebe o equivalente a 65% do lucro líquido ajustado sobre a receita gerada pelo novo estádio.
Finanças entram na pauta do Conselho
Apesar do tom cordial que marcou a reunião de quinta-feira, no Olímpico, está criado um impasse entre Grêmio e OAS no que diz respeito ao contrato. Pressionado pelos custos de locação do espaço para 23 mil associados no anel superior da Arena, além de 5,5 mil cadeiras, o clube tenta reduzir esses valores, que chegam, hoje, a R$ 41 milhões anuais.
As finanças do Grêmio estarão em pauta nas duas próximas reuniões do Conselho Deliberativo.