Carroceiros de Porto Alegre realizaram protesto em frente à prefeitura municipal, no final da manhã desta segunda-feira, para pedir alternativa de trabalho após o início da restrição de circulação de veículos de tração animal (VTA) e veículos de tração humana (VTH). A medida entrou em vigor no domingo e atende a lei que deve ser implementada até 2016.

Eles deixaram a Avenida Ipiranga, nas proximidades da CEEE, e seguiram até o Paço Municipal, por volta das 11h. Não houve maiores transtornos ao trânsito. A principal reivindicação é a ocupação de transportadores de carroças em outras áreas, pois afirmam que irão perder sua única fonte de renda.

- Tenho 28 anos e desde que nasci vivo disso. Como vão dar trabalho para quem não é alfabetizado? Estamos pedindo apenas o nosso direito de ir e vir com as carroças, ou seja, nosso trabalho - diz Giovani Alves Barbosa, morador do Campo da Tuca.

Em contrapartida à restrição, a prefeitura pretende dar novas oportunidades aos carroceiros por meio do programa Todos Somos Porto Alegre. O projeto prevê a qualificação profissional dos trabalhadores e da atividade das unidades de triagem de resíduos sólidos.

Para aqueles que desejam migrar para outras áreas, o programa oferece cursos de formação - com a concessão de bolsa de estudo - e apoio para conquista de emprego com carteira assinada.

Cerca de 300 pessoas estão cadastradas na iniciativa e receberão indenizações pela carroça, carrinho e cavalo entregues à administração. No primeiro mês, agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) irão orientar os trabalhadores nas ruas.

A restrição será aplicada em sete regiões administrativas de Porto Alegre: Centro-Sul, Cristal, Cruzeiro, Glória, Lomba do Pinheiro, Partenon e Sul.