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No meio do caminho

Professoras encontram sofá dentro de cratera em rodovia do Litoral Norte e protestam

Grupo encontrou o móvel enquanto se dirigia para escola onde trabalham em Cidreira

20/11/2015 - 20h15min

Atualizada em: 20/11/2015 - 20h15min


Leitor DG / Arquivo Pessoal
As docentes decidiram postar as fotos no Facebook como forma de protestar contra as condições da estrada

Um objeto inusitado interrompeu o percurso de um grupo de quatro professoras que trafegavam pela ERS-786, no Litoral Norte gaúcho na manhã desta sexta-feira. As docentes se dirigiam de Imbé para Cidreira, quando avistaram um sofá no meio da rodovia e aproveitaram a oportunidade para realizar um protesto um tanto irônico.

- Quando vimos aquele objeto no meio do caminho, achamos que era um carro. Ninguém esperava por isso. Descemos e decidimos bater uma selfie, pois achamos engraçado - conta Jéssica Macedo, 27 anos, moradora de Imbé que diariamente utiliza a estrada para chegar até a escola onde trabalha.

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Quando chegaram na escola, comentaram sobre o assunto com outros colegas que também teriam passado pelo local. Da conversa, surgiu a ideia de postar as fotos no Facebook para protestar contra as péssimas condições do asfalto.

- Alguns falaram que também tinham visto um carro abandonado próximo às dunas, provavelmente por falha mecânica - relata a docente.

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A professora não sabe afirmar se o veículo tinha relação com o sofá deixado na via, mas desconfia que o objeto tenha sido deixado de propósito por alguém que, como elas, está insatisfeito com as péssimas condições da estrada.

No Facebook, Jéssica e as colegas compartilharam as fotos junto com um desabafo.

Reprodução / Facebook

- Desde que eu fazia faculdade em Cidreira, no ano de 2008, eu enfrento esses buracos, ou melhor, essas crateras - justifica a professora que, por conta da situação, passou a revezar as caronas com uma colega para evitar o desgaste do carro.

- O carro ficava todo frouxo por causa das batidas e do arranca e para. Antes, quando a estrada estava boa, a gente levava 30 minutos para chegar em Cidreira. Mas, hoje, o trajeto dura mais de 45 minutos - afirma.

O Diário Gaúcho entrou em contato com o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer), mas não conseguiu conversar com nenhum representante de autarquia.

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* Diário Gaúcho


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