Polícia



Infância interrompida

Adolescente de 16 anos é suspeito de matar prima de três em Porto Alegre

Familiares ainda tentaram levar a menina ao hospital, mas ela não resistiu

13/07/2012 - 17h48min

Atualizada em: 13/07/2012 - 17h48min


Arma do crime já foi encontrada

Uma criança de três anos dormia, na manhã desta sexta-feira, às 8h30min, enquanto o primo de 16 anos e a tia de 22 passavam um revólver de mão em mão. De repente, a arma disparou. O tiro atingiu a menina na cabeça, que morreu num hospital. O delegado ouviu esta versão, mas investigará outras hipóteses. Entre elas, a de que um acerto de contas desastrado entre o guri e outra pessoa tenha resultado numa bala perdida.

- Ouvindo testemunhas, começaram a surgir outras versões, mas tudo ainda é muito recente. O que realmente aconteceu será esclarecido pela investigação - disse o delegado plantonista do Deca, Raul Vier.

O crime ocorreu na Rua Pio X, no Bairro Bom Jesus, Zona Leste da Capital. Sangrando, a menina foi socorrida por familiares e levada de carro até o Hospital São Lucas, mas morreu poucas horas depois. O adolescente foi apreendido pela Brigada Militar e levado ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). Responderá por homicídio e porte ilegal de arma restrita (um revólver calibre 38 de numeração raspada).

Familiares contam que a arma estava guardada entre as roupas da criança. A tia teria pedido ao sobrinho para pegá-la. Após conferir o tambor vazio, passou a arma às mãos do adolescente. Mesmo assim, disparou. Ou a mulher não percebeu uma bala, ou o tiro partiu de outro revólver (reforçando a suspeita de um envolvido fora da família).

Após o tiro, a família se dividiu. Enquanto uns socorriam a menina, outros seguravam o adolescente em casa. Um dos tios perdeu o controle e chegou a agredir o garoto.

- Foi quando a polícia chegou e salvou ele. Iam matar o meu filho - relatou a mãe, nervosa, na delegacia.

Aproveitando que teria de acompanhar o adolescente nos depoimentos, ela registrou uma queixa de ameaça contra a própria família. Os irmãos e a mãe dela, avó da criança morta, teriam a ameaçado de morte. A ela e aos filhos dela.


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