Sequestro
Estudante sumido há 44 dias em Porto Alegre
Rapaz de 27 anos foi abordado por três homens em uma parada de ônibus. Suspeita é de que presidiário do regime semiaberto esteja por trás do crime
O sumiço de um estudante universitário intriga há 44 dias a família e os amigos do rapaz. Roberto Alencris Teichinkoski, 27 anos, foi raptado de uma parada de ônibus, a caminho do trabalho, na manhã de 23 de outubro. A polícia investiga.
Por volta das 8h daquela manhã, a mãe de Roberto ligou para o filho, como de costume, e o celular estava desligado. No meio da manhã, os colegas de trabalho dele ligaram para ela, a fim de saber porque o jovem não havia ido trabalhar. A mãe estranhou e, à noite, ainda tentou informações do filho na academia que ele frequentava.
- Achei que ele pudesse ter passado mal, ter sido atropelado, levado para um hospital e que ninguém tinha avisado. Na manhã seguinte fui na parada, e as pessoas que pegavam sempre o ônibus com ele me contaram o que tinham visto - lembra a mãe de Roberto, que com medo, pede para não ter o nome divulgado.
Detento é o suspeito
A suspeita da polícia é a mesma da família: o crime teria relação com um detento, que, recentemente, passou para o regime semiaberto. O homem teria jurado Roberto de morte, por ter se envolvido com uma namorada dele.
- Estamos investigando. Entre as possibilidades está essa. É um caso nebuloso, um mistério - afirma o delegado Luciano Peringer.
- Só quero saber onde está meu filho. Essa falta de notícias é angustiante - suplica a mãe.
Corpo é de outro homem
Na tarde de ontem, uma informação de que um corpo enterrado no Bairro Belém Velho, Zona Sul da Capital, poderia ser o de Roberto levou agentes da 1ª DHD a um matagal nos fundos do Hospital Parque Belém. No entanto, conforme os policiais, o cadáver encontrado é de um jovem de 25 anos, desaparecido havia duas semanas.
Ele foi identificado, porém o nome do rapaz não havia sido divulgado até a noite de ontem pela polícia.
Vítima foi atacada por trio
Segundo relato de testemunhas ouvidas pela 1ª Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) do Deic, Roberto, funcionário do setor financeiro de uma rede de supermercados, esperava pelo coletivo da linha 731 na Rua dos Maias. Eram 7h30min quando um Fox branco parou em frente ao ponto. Dois homens desceram e um terceiro teria ficado no carro.
Pelo relato de testemunhas à mãe de Roberto, a dupla estaria encapuzada e armada. Colocaram o jovem no carro.
Desde então, ninguém mais soube o paradeiro do morador do Bairro Rubem Berta.