Advogado esfaqueado
Mistério cerca ataque brutal na Redenção
Família do advogado José Augusto Amorim tenta buscar explicações para o que aconteceu a ele na tarde de sábado passado
Há uma semana, a família do advogado trabalhista José Augusto Amorim, 38 anos, tenta buscar explicações para o que aconteceu a ele na tarde de sábado passado. José foi esfaqueado na cabeça enquanto caminhava no Parque da Redenção. As investigações policiais do caso começaram apenas na sexta-feira.
Morador do Bairro Cidade Baixa, Guto, como é conhecido pelos amigos, fazia da Redenção o quintal de casa. Como fazia todos os finais de semana, na tarde de 4 de maio, ele pegou cuia e garrafa térmica para matear no parque.
Foi sozinho, pois a mulher estava trabalhando.
Golpe foi na cabeça
A comerciária Tatiana Katz, 37 anos, não esquece o telefonema que recebeu da sogra, avisando que Guto tinha sido ferido no parque e levado ao HPS. Ninguém sabe quem agrediu o advogado com um golpe de faca, que atravessou a têmpora direita.
- Foi uma facada profunda. Os médicos nos disseram que devemos estar preparados para tudo - disse a comerciária, que mudou-se com o marido para um edifício a duas quadras do parque há quatro meses.
Carteira, óculos, documentos, relógio, e dinheiro ficaram caídos ao lado de Guto. Ele foi encontrado por uma mulher no trecho entre a administração do parque e a Avenida João Pessoa. Socorrido pelo Samu, foi operado no HPS e transferido para o Hospital Mãe de Deus, onde segue em estado grave, internado na UTI em coma e intubado.
Um morador de rua teria contado aos familiares de Guto que viu um homem atacar o advogado por trás.
- Ele disse que o homem deu uma gravata e o esfaqueou - conta Tatiana.
Ocorrência chegou na sexta
As investigações sobre a tentativa de homicídio contra José Augusto começaram na tarde de sexta-feira, quando a ocorrência chegou à 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. Na tarde do crime, o caso foi tratado como um roubo com lesão. Por isso, a ocorrência foi encaminhada à 10ª DP (Bom Fim). Quando os policiais constataram que nada fora roubado, suspeitaram de tentativa de homicídio. Assim, reencaminharam o caso à 2ª DHPP.
Ontem, o delegado Filipe Bringhenti solicitou à Guarda Municipal e à EPTC imagens das câmeras de segurança do parque e das ruas próximas. O objetivo é tentar identificar o agressor.
Testemunhas devem ser ouvidas na segunda-feira. De acordo com Filipe, já há um suspeito.
Se você tiver alguma informação que possa ajudar a identificar o esfaqueador, ligue para 3371-1557 (2ª DHPP) ou para 197.