Sumiço em Novo Hamburgo
Família de Novo Hamburgo busca notícias sobre representante comercial sumido há quase um ano
Representante comercial está desaparecido desde agosto do ano passado. Só seu carro foi encontrado. Mãe e irmão não desistem da busca
"Eu quero achar o meu filho. Nem que seja só os ossinhos dele, mas eu preciso achar. E se ele está vivo, que judiaria que fizeram com ele", repete a dona de casa Inorina Goulart da Rosa, 74 anos.
Há 11 meses, o sono da moradora do Bairro Canudos, em Novo Hamburgo, é marcado por sonhos em que procura pelo filho caçula, Floriano Goulart da Rosa, 45 anos. Na manhã de 9 de agosto de 2012, uma quinta-feira, Floriano tomou o último mate com a mãe, na sala de casa.
Representante comercial havia 27 anos de uma empresa de Caxias do Sul, saiu para recolher o dinheiro das vendas. A família acredita que ele devia ter cerca de R$ 7 mil no bolso quando voltou, por volta das 13h30min.
Mensagem por celular
Antes de sair de novo, em seu Fox prata, Floriano avisou que iria a um churrasco com duas amigas em Estância Velha. Foi a última vez que Inorina viu o filho.
- A gente ligava para o celular dele e estava sempre desligado. Até a tarde da sexta (10 de agosto), quando a mãe recebeu uma mensagem de um dos celulares dele. Dizia que estava muito bem, que voltaria para casa e que havia ficado sem bateria. Mas ele nunca mandava mensagem - lembra o irmão, Alferi Goulart da Rosa, 50 anos.
Preocupados, os familiares começaram a procurar por Floriano. Comunicaram à polícia, avisaram amigos e parentes. Sábado (11 de agosto), um telefonema anônimo alertou a família: o Fox estava abandonado desde a tarde de sexta no Bairro das Quintas, em Estância Velha. Aberto, sem a chave, com marcas de pegadas e de sangue no banco de trás. De Floriano, nem sinal.
Família distribui cartazes e fotos
Desde agosto, a rotina da família é procurar por Floriano. O irmão chegou a pedir dispensa do emprego para checar cada informação que chegava.
Distribuíram cartazes com a foto de Floriano, fizeram faixas, camisetas.
- Essa angústia de não ter notícia dele é que nos deixa pior - lamenta Alferi.
Polícia não fala sobre o caso
As duas amigas com quem Floriano se encontraria foram ouvidas pela polícia. O depoimento delas, porém, o delegado da 3ª DP de Novo Hamburgo, Alexandre Quintão, não revela. Questionado sobre o caso, o delegado apenas diz:
- Estamos investigando.
A família reclama da demora e da falta de informações.