Polícia



Golpe no crime

Polícia apreende 13 bananas de dinamite em depósito de quadrilha em Porto Alegre

Delegacia de Roubos do Deic encontrou material em uma casa no Morro Santana. Bando de criminosos atacava caixas eletrônicos e carros-fortes. Um suspeito foi preso na ação

10/03/2014 - 17h08min

Atualizada em: 10/03/2014 - 17h08min


Polícia acredita que material seria utilizado para ataque a carro-forte na Serra ou no Litoral

A Polícia Civil acredita ter evitado um ataque a carro-forte que deveria ocorrer nas próximas semanas no Serra ou no Litoral gaúcho. Na manhã desta segunda-feira, a Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com o apoio do setor de inteligência da Brigada Militar, aprendeu 13 bananas de dinamite em uma casa no Morro Santana, na Zona Leste de Porto Alegre. Também foram encontrados um rolo cordel detonante, cinco espoletas, três calhas para direcionar a explosão em caixas eletrônicos e carros-fortes, cintas de amarração, quatro pés de cabra e miguelitos.

Os policias chegaram à casa na Rua Parlamento por volta das 11h desta segunda-feira. A casa seria utilizada como depósito para os explosivos de uma quadrilha que está sob investigação. No local, um suspeito que dormia no quarto onde o material estava armazenado foi preso. De acordo com o delegado Joel Wagner, apesar de não possuir antecedentes, Carlos Fernando Gomes Rosa, 34 anos, é um dos líderes do bando, que tem pelo menos mais quatro integrantes. Natural de Porto Alegre, ele deve ser indiciado por porte ilegal de material explosivo.

Segundo o delegado Joel, a investigação teve início há dois meses, a partir de ataques a caixas eletrônicos em Porto Alegre e na Região Metropolitana.

- Identificamos alguns participantes e percebemos que eles também praticavam ataques a carros-fortes. Como sabíamos dessa provável ação nas próximas semanas, decidimos antecipar a operação e apreendemos o material - explica o delegado.

Cada uma das bananas de dinamite pesa cerca de 500g, o que equivale a 6,5kg de explosivo no total. Segundo a polícia, pelo volume da apreensão, é provável que a quadrilha também atuasse como fornecedora para outros criminosos.

- Com essa quantidade de material poderiam ser realizadas várias ações. Em um ataque a carro forte, eles costumam usar entre duas a três cargas. Em um caixa eletrônico, só a metade de uma emulsão explosiva (banana de dinamite) - explica o delegado Joel.

A polícia já identificou outros integrantes da quadrilha e novas prisões podem ocorrer nas próximas semanas. De acordo com o delegado Joel, também será estudada a relação dos criminosos com outra apreensão realizada no final de fevereiro, no Morro da Cruz.


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