Polícia



Palmeira das Missões

Homem é condenado a quase 30 anos de prisão por morte de estudante

O corpo de Kimberly Ruana Rückert foi encontrado carbonizado em abril de 2014

03/06/2015 - 18h02min

Atualizada em: 03/06/2015 - 18h02min


Sid Farias / Especial
Carro estava em um matagal

A Justiça condenou a 29 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, o homem apontado como autor da morte de Kimberly Ruana Rückert. O corpo da estudante de Enfermagem, na época com 22 anos, foi encontrado queimado dentro do Ka da mãe, a escrivã de polícia Rejane Rückert, na tarde de 12 de abril do ano passado, em Palmeira das Missões, no Noroeste.

Silmar do Amaral Figueiró, 30 anos, foi considerado culpado pelos crimes de latrocínio, destruição de cadáver, receptação e posse ilegal de arma de fogo. A denúncia do Ministério Público, oferecida pelo promotor Marcos Eduardo Rauber, foi parcialmente acatada: a Justiça entendeu que não havia provas materiais para condenar o réu por estupro devido à destruição do corpo da vítima. O MP analisa a possibilidade de recorrer da decisão.

Morte de jovem queimada dentro de carro revolta e emociona Três Passos

- A sentença representa uma coroação ao árduo trabalho da Polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário, mas, sobretudo, um alento e uma resposta à sociedade, aos amigos e à enlutada família de Kimberly - ressalta o promotor. 


Jovem queria ser enfermeira
Foto: Arquivo Pessoal

Condenado foi visto seguindo Kimberly

O crime teria ocorrido entre o final da tarde do dia 11 e o início da manhã do dia 12. As investigações apontaram que o biscateiro Silmar foi visto nos dois dias anteriores ao assassinado próximo à casa da vítima. No dia do desaparecimento, imagens de câmeras de segurança mostraram que ele seguia o carro da mulher desde o trabalho até sua residência. Silmar teria ameaçado Kimberly, ingressado no veículo e, depois, forçado a jovem a dirigir até um matagal no interior de Palmeira das Missões.

Para o MP, Silmar estuprou a estudante antes de matá-la com o tiro, roubou celular, carteira, dinheiro e pendrives e colocou fogo no carro.

A primeira versão da defesa foi de que Silmar manteve relação sexual consentida com a vítima, ela teve um mal súbito e morreu. Depois da troca de advogado, alegou que homens encapuzados chegaram ao local e mataram a mulher e que ele conseguiu escapar ileso.

*Diário Gaúcho


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