O balanço feito pela Secretaria de Segurança Pública sobre a criminalidade no Estado, comparando o primeiro semestre deste ano com igual período do ano passado, trouxe um dado muito preocupante: cresceu significativamente o número de roubos de veículos  (realizados mediante assaltos a mão armada). No Estado, esse aumento foi de 17%. Mas, se forem destacados apenas os números da Capital, foi ainda mais significativo: 26%.

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Numa análise da criminalidade como um todo - levando-se em conta os crimes correlatos - compreende-se porque foi nesta modalidade, a de roubo de veículos, a variação mais significativa.

Os automóveis foram transformados em moeda de troca no tráfico de drogas, principalmente no mercado atacadista (a venda feita por "importadores" que revendem para intermediários, ou as negociações entre esses últimos e os traficantes varejistas, que vendem para o consumidor final). Obviamente, traficantes não compram carros legalmente para negociá-los por drogas.

Ao mesmo tempo, de dentro ou de fora de presídios e penitenciárias, crescem as encomendas de carros roubados. Na verdade, são exigências feitas por traficantes ou líderes de facções criminosas para consumidores ou egressos do sistema penitenciário que contraíram dívidas e as não saldaram.

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Por conta disso, cada vez mais faz-se necessária uma integração entre as delegacias especializadas em diferentes tipos de crime na Polícia Civil e com a Brigada Militar. Isoladamente, as investigações estarão resultando sempre em "cobertores curtos".
  

Ah, para não destacarmos apenas pontos negativos mostrados pela pesquisa, vamos saudar aqui a queda de 22,9% no números de latrocínios (roubos com morte). Porém, como cresceu o número de roubos de veículos e o de roubos em geral (21,7%), deduz-se que a redução dos latrocínios deve-se mais às atitudes dos criminosos e das vítimas do que da segurança pública.